Saúde

Projeto reconhece ultrassonografia como especialidade médica

26/08/2010 - 13:22  

Arquivo - Rodolfo Stuckert
Renato Amary: ultrassom é pouco ensinado nas faculdades.

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 7708/10, do deputado Renato Amary (PSDB-SP), que reconhece a ultrassonografia como especialidade médica.

O autor da matéria argumenta que a mudança é necessária porque o ultrassom é pouco ensinado nas faculdades de Medicina. O exame é um dos conteúdos da área de radiologia e diagnóstico por imagem, que também tem matérias como tomografia, radiologia convencional, ressonância e medicina nuclear.

"Não há tempo suficiente para o ensino de conceitos básicos de ultrassom. Os especialistas saem sem noção do alcance do exame no diagnóstico e sem saber qual tipo de ultrassom indicado para cada paciente", argumenta Amary.

O parlamentar também reclama da falta de especialização adequada dos profissionais que trabalham com ultrassom. "A maior parte dos ultrassonografistas não vêm da radiologia e sim de outras especialidades clínicas e cirúrgicas, formados em cursos paralelos de ultrassom, muitas vezes insuficientes para uma boa formação", avalia.

Presença de médico
Amary lembra que o exame de ultrassom é, dentro da área de radiologia, a única modalidade que depende da presença do médico. Nas demais, o técnico faz as imagens do paciente e o radiologista avalia posteriormente e dá o laudo do exame.

"O exame depende muito do operador, pois só se obtém as imagens dos locais em que o médico passar o aparelho. Por isso, o médico deverá ter uma boa formação para não deixar escapar informações importantes", explica o deputado.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivoRito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: - se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); - se, depois de aprovado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário. e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem - Tiago Miranda
Edição - Pierre Triboli

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