Política e Administração Pública

CPMI do Cachoeira aprova convocação de Cavendish, Pagot e Raul Filho

Entre os convocados, também se encontra engenheiro acusado de fazer caixa dois para campanhas do PSDB paulista com recursos públicos.

05/07/2012 - 10:48  

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira aprovou em bloco, por unanimidade (28 votos), diversos requerimentos de convocação de testemunhas, entre elas o ex-presidente da empreiteira Delta, Fernando Cavendish, o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot e o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT). O depoimento do prefeito já foi marcado para a terça-feira (10).

Também foi aprovada a convocação do engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo “Preto”, acusado por Pagot de tentar fazer caixa dois para o PSDB com recursos do Dnit; do empresário paulista Adir Assad, que atua nos segmentos de construção civil e eventos, dono de empresas pelas quais teriam transitado recursos da Delta; e a ex-mulher do contraventor Carlinhos Cachoeira, Andréa Aprigio.

Conheça as denúncias contra os convocados

Foi aprovado ainda convite ao juiz federal Paulo Moreira Lima, que deixou o processo contra Cachoeira depois de ter sofrido ameaças.

A única convocação polêmica foi a de Paulo “Preto”. O PSDB disse que só concordaria se fosse convocado também o deputado federal José de Filippi (PT-SP), que teria procurado Pagot para que ele ajudasse na arrecadação de recursos junto a empreiteiras para financiar a campanha presidencial da então candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.

Novamente, o PSDB acusou o relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), de partidarizar as investigações e de desmoralizar a CPMI. Cunha se defendeu afirmando que a convocação de Filippi seria votada em seguida à votação do bloco de requerimentos.

Cunha defendeu a convocação de Paulo Vieira de Souza, apontado como arrecadador de campanhas do PSDB, com base em entrevista de Pagot à revista IstoÉ, em abril. “O Pagot imputa ao Paulo 'Preto' a prática de um crime. No caso do deputado José de Filippi não há imputação de prática de crimes”, afirmou.

A comissão está reunida na sala 2 da ala Nilo Coelho,  no Senado.

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Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Wilson Silveira

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