Pré-Sal: SBPC defende uso de recursos em tecnologia e educação

06/10/2009 - 22:31  

O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Marco Antonio Raupp, afirmou hoje, em audiência pública, que os recursos com a exploração pré-sal devem garantir investimentos simultâneos em inovações tecnológicas, sustentabilidade e educação para assegurar o desenvolvimento econômico e a competitividade do País. Ele participou nesta terça-feira de audiência pública da comissão especial criada para analisar os projetos de lei do Fundo Social do pré-sal (5417/09 e 5940/09).

A comunidade científica, segundo Raupp, considera a educação o instrumento mais importante de inclusão social e uma pré-condição para qualquer política de desenvolvimento do país. O presidente da SPBC disse que os investimentos em inovações tecnológicas também são fundamentais para a garantir a competitividade do país no cenário econômico internacional. Ele lembrou o caso de países como Coréia do Sul, Cingapura, Finlândia, China e Índia, que conseguiram assegurar altas taxas de desenvolvimento com investimento vigoroso na área de tecnologia.

Os recursos obtidos com a exploração do pré-sal, em sua avaliação, devem ser investidos em áreas que garantam a soberania econômcia do País e a qualidade de vida da população.

Saída da crise
O Secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Mota, também afirmou que o grande diferencial para reduzir os efeitos futuros da crise será o investimento em inovação tecnológica, que poderão ser financiados com os recursos do pré-sal.

Ronaldo Mota afirmou que o ministério de Ciência e Tecnologia tem recebido, a cada ano, mais recursos financeiros, mas as demandas por inovações tecnológicas têm sido maiores. Ele acredita que os contingenciamentos de recursos feitos em razão da crise econômica em 2009, não devem se repetir em 2010.

Ele afirmou que o Sistema Brasileiro de Tecnologia tem cumprido seu papel de estiular o desensvolvimento, mas poderia realizá-lo melhor se fosse adequadamente financiado. Para o secretário, o país produz conhecimento e inovações tecnológicas que não têm sido suficientemente explorados pelas empresas. Mota defende as parcerias público-privadas como forma de aproveitamento das inovações científicas e tecnológicas pelas empresas.

Economia verde
O presidente da Comissão Especial, deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), afirmou que a prioridade do fundo social, além da educação e da ciência e tecnologia, deve ser a transição de uma economia tradicional para uma economia verde.

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Reportagem – Paulo Roberto Miranda/Rádio Câmara
Edição – Paulo Cesar Santos

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