Congresso Nacional demonstra solidariedade ao povo palestino
04/12/2008 - 14:27
O Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, comemorado no dia 29 de novembro, foi ressaltado em sessão solene do Congresso nesta quinta-feira. O deputado Nilson Mourão (PT-AC), um dos responsáveis pela realização da solenidade, defendeu a criação de um Estado Palestino viável, com fronteiras claras, internacionalmente reconhecidas e território contínuo.
Na opinião do deputado, um país sem fronteiras definidas inviabiliza um bom plano para a nação, seja econômico ou social. "Queremos paz, uma Palestina convivendo ao lado de Israel em cooperação e parceria", ressaltou.
Nilson Mourão lembrou que, em 29 de novembro de 1947, a Assembléia Geral da Organização da Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução sobre a partilha da Palestina. No entanto, destacou, somente o estado de Israel foi constituído. "A Palestina deve construir seu próprio Estado", defendeu.
Estado independente
Mourão comentou ainda a proposta da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que reivindica um Estado independente dentro das fronteiras anteriores à ocupação israelense de 1967. Como contrapartida, os países da Liga Árabe estariam determinados a conviver com Israel de forma pacífica e cooperativa.
De acordo com o parlamentar, Israel tem dificuldade em se definir porque a proposta de paz implica a desocupação imediata do território palestino, o desmantelamento de colônias judaicas, uma definição justa sobre a questão dos refugiados e sobre o destino da cidade de Jerusalém.
"Não existe solução militar. Se existisse, já teria sido resolvido de um lado ou outro. A solução é o diálogo, a política. É nisso que o Brasil acredita", argumentou Nilson Mourão.
Soberania a ser resolvida
Para o senador Cristovam Buarque, também autor do requerimento para a sessão solene, a questão da Palestina é uma das heranças que o século XX deixou para ser resolvida. "Não podemos atravessar mais uma década sem obter uma solução para a soberania dos palestinos".
O senador afirmou que cada povo deixa uma marca. Ele destaca que foi nos territórios da Palestina e de Israel que surgiram as grandes religiões. "Suas questões devem ser tratadas com carinho por todos nós", disse.
Na opinião do senador, definir um território para a Palestina é um dos desafios para o século XXI. "Nós estamos solidários com a luta dos palestinos. Queremos participar do processo para garantir que nenhum povo saia da sua terra, sem ser por vontade própria", finalizou.
Durante a sessão, falaram também o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) e a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG). Reportagem - Malena Rehbein/NAJ
Colaboração: Rayane Mello
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