Política e Administração Pública

Ato do Psol marca um ano da morte de Marielle Franco

Dois policiais militares suspeitos dos assassinatos foram presos nesta terça-feira

14/03/2019 - 11:39   •   Atualizado em 14/03/2019 - 14:54

Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Ato pelo 1º ano do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes
Bancada do Psol lembra assassinato da vereadora carioca, que era do partido

A bancada do Psol realizou há pouco um ato no Salão Verde da Câmara dos Deputados para marcar um ano da morte da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes, no dia 14 de março de 2018. Os deputados exibiram faixas com imagens do rosto da vereadora e com pergunta: “Quem mandou matar Marielle?”.

A deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) exigiu que o Estado brasileiro faça justiça e não vingança. “O Estado precisa devolver ao povo a possibilidade de lutar por um aprofundamento da democracia”, disse. A parlamentar atribuiu a morte da vereadora à ação de milícias no Rio de Janeiro. “A milícia domina território e tem poder econômico, político e armado.”

Além do Psol, parlamentares de outros partidos como o PT e o PCdoB também usavam, nesta quinta, camisetas em referência à busca por respostas sobre quem mandou matar Marielle e Anderson e por quê.

Os suspeitos dos assassinatos, que foram presos na terça-feira (12), são o policial militar reformado Ronnie Lessa, 48 anos, e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos. As investigações apontam que Ronnie fez os disparos contra a vereadora e Élcio dirigiu o carro usado para levar o executor.

Atentado a Bolsonaro
Na sessão plenária desta quinta (14), deputados do PSL também lembraram a necessidade de se esclarecer quem teria mandado matar o presidente Jair Bolsonaro, que sofreu um atentado à faca, durante a campanha eleitoral em setembro passado. Bolsonaro foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira, em Juiz de Fora (MG).

O deputado Alexandre Frota (PSL-RJ) criticou a exposição do caso Marielle em comparação com casos de assassinatos de outras mulheres e foi um dos que cobrou também investigação do atentado contra Jair Bolsonaro.

"É preciso acabar com essa seletividade. Nós também lutamos e queremos que as coisas entrem no eixo, que as coisas realmente sejam reveladas. Nós não temos medo de saber quem mandou matar Marielle, mas queremos saber também quem mandou matar Bolsonaro", disse.

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Um primeiro inquérito sobre o atentado a Jair Bolsonaro concluiu que Adélio Bispo agiu sozinho no momento do ataque e praticou o ato por inconformismo político. Mas um segundo inquérito está em curso, para apurar possíveis conexões de Adélio com pessoas que possam ter ajudado o agressor a planejar o crime.

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Natalia Doederlein

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