Ciência, tecnologia e Comunicações

Relator amplia tempo de propaganda na TV paga

Lustosa também incluiu os programas de teledramaturgia produzidos em auditório entre os que fazem parte do espaço qualificado, que são filmes, documentários e séries. As cotas de programação nacional incidem sobre esse espaço.

18/11/2009 - 13:37  

O relator do projeto de lei que define novas regras para o serviço de televisão por assinatura (PL 29/07), deputado Paulo Henrique Lustosa (PMDB-CE), apresentou nesta semana o parecer sobre as 103 emendas apresentadas ao projeto. Ele acatou parte das sugestões dos deputados.

A principal mudança se deu no percentual de publicidade, que será o mesmo da televisão aberta, 25% de cada hora de programação. O texto aprovado na Comissão de Defesa do Consumidor limitava esse tempo a 12,5%.

O relator também retirou da Agência Nacional de Cinema (Ancine) a prerrogativa de definir percentuais menores, medida que estava inicialmente prevista em seu substitutivo. "Esse é um tema que pode ir a voto na comissão porque não há consenso dentro do nosso grupo sobre qual é a dose correta. Há um consenso de que nós não poderíamos delegar a Ancine, mas sim fixar [o percentual] em lei."

Teledramaturgia
O relator também incluiu os programas de teledramaturgia produzidos em auditório entre os que fazem parte do espaço qualificado. Lustosa explica que atendeu a uma demanda dos próprios produtores. Eles argumentaram que há programas que são de teledramaturgia mas usam o auditório como recurso de cena para que o telespectador tenha sensação de estar participando da teledramaturgia.

"Não é um programa clássico de auditório, onde você tem o apresentador e o auditório interagindo, aqui o auditório é um recurso adicional. Nós mudamos o texto para contemplar porque isso é sim espaço qualificado."

As cotas de programação nacional previstas no projeto incidem exatamente sobre o espaço qualificado, que são filmes, documentários e séries. Programas jornalísticos, esportivos e de televendas, por exemplo, ficam de fora desse espaço. Pela proposta, 3 horas e meia semanais no horário nobre dos canais que exibem esse tipo de programação deverão ser de produção nacional.

Nesta quarta-feira, um pedido de vista apresentado na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática adiou a votação da proposta para a próxima quarta-feira.

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Reportagem - Geórgia Moraes / Rádio Câmara
Edição - Natalia Doederlein

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