Políticas contra racismo precisam ser efetivadas, diz ONG

02/04/2009 - 12:00  

A coordenadora da organização não governamental Criola, Lúcia Xavier, afirmou que o Brasil é um bom exemplo na criação de políticas para eliminar o racismo, mas ressaltou que ainda falta colocar em prática as ações sobre o tema.

"Temos a honra de ter uma Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, mas não temos como provar que essas políticas tiveram um efeito contra o racismo. Os efeitos dessas políticas ainda não fazem parte da vida das pessoas", disse a coordenadora. Ela participa neste momento de audiência pública para debater a atuação brasileira na Conferência Mundial da ONU contra o Racismo - Durban 2, que ocorrerá neste mês em Genebra (Suíça).

Cotas nas universidades
A coordenadora defendeu a criação de cotas nas universidades e declarou que esse tipo de iniciativa não é uma forma de tratamento diferenciado à população negra. "Pelo contrário, fomos tratados com diferença ao longo da História desse país, quando éramos escravos", disse. Para Lúcia Xavier, a ação contra o racismo representa a instauração do Estado democrático de direito.

Na audiência, a relatora da Conferência Mundial contra o Racismo (Durban 2001) e representante da Coordenadoria da Mulher e da Igualdade Racial, Edna Roland, lembrou que todos os países precisam enfrentar o racismo, que é um fenômeno global.

A reunião ocorre no plenário 9. O evento é promovido pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias; e de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, e pela Frente Parlamentar pela Igualdade Racial.

Reportagem - Noéli Nobre
Edição - Pierre Triboli

(Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura `Agência Câmara`)

Agência Câmara
Tel. (61) 3216.1851/3216.1852
Fax. (61) 3216.1856
E-mail:agencia@camara.gov.br

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.