Prefeito de Praia Grande nega qualquer desvio de recursos públicos

14/10/2008 - 17:32  

O prefeito de Praia Grande (SP), Alberto Mourão, voltou a negar qualquer desvio de recursos públicos em seu município. O prefeito foi questionado no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar sobre a acusação que consta no processo da Justiça sobre tráfico de influência para liberação de recursos pelo BNDES, de que teria sido beneficiado com uma passagem aérea no valor de R$ 375 em seu nome. O bilhete foi pago por Manoel Fernandes de Barros Filho, conhecido como Maneco, dono da casa de prostituição We, no bairro Jardins, em São Paulo, onde a Polícia Federal fazia investigação sobre tráfico de mulheres.

Maneco é considerado o coordenador do esquema de tráfico de influências para liberação de recursos do BNDES, que tinha a participação também de Wilson Consani, que é dono da empresa de consultoria Progus, e João Pedro de Moura, ex-assesor da Força e conselheiro do BNDES. Os três foram presos e João Pedro confessou o recebimento da comissão de 2% para intermediar a liberação de recursos.

Mourão confirmou a existência do bilhete, mas disse que foi a pedido do coordenador de projetos especiais da Prefeitura, Jamil Issa Filho, que ele demitiu logo em seguida, para acompanhá-lo em viagens fora do município. "Não iria me vender por uma passagem aérea que pode ser paga pela prefeitura", assinalou o prefeito, acrescentando que isso não configuraria desvio de recursos. Mourão disse ainda que fez 28 viagens para fora da cidade durante seu mandato.

Por fim, o prefeito contou que só manteve três ou quatro encontros protocolares com o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) e que nem ele nem sua equipe trataram com o deputado ou com a Força Sindical sobre a liberação de recursos.

O depoimento ocorre no plenário 4.

Reportagem - Cid Queiroz
Edição - Regina Céli Assumpção

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