Especialista defende recursos para pesquisas sobre clima

29/08/2007 - 10:46  

O climatologista Carlos Nobre defendeu há pouco o investimento de recursos públicos em pesquisas científicas com o objetivo de elaborar um mapa sobre a vulnerabilidade dos diversos setores nacionais às mudanças climáticas. "Sem esse mapa, vamos desenvolver políticas públicas sem embasamento", afirmou em seminário sobre aquecimento global.

Carlos Nobre lembrou que, em uma previsão mais otimista, a temperatura média mundial deve aumentar em 2ºC até o fim do século. Não é possível, segundo ele, reverter o aquecimento, mas é importante tomar providências para atenuá-lo. Segundo ele, o Brasil pode reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, principalmente por meio do combate ao desmatamento, que é responsável por 3/4 das emissões brasileiras.

Na opinião do climatologista, os investimentos em biocombustíveis também são importantes. Ele ressaltou, no entanto, que não faz sentido desmatar para expandir as plantações de cana-de-açúcar, por exemplo.

Desigualdades
O climatologista lembrou ainda que as mudanças climáticas são um fator agravante das desigualdades sociais. Ele afirmou que, no Brasil, o local mais vulnerável ao aquecimento é o Semi-Árido, que vai ficar mais seco, o que diminui a possibilidade de agricultura não irrigável.

O seminário ocorre no auditório Nereu Ramos. O evento é promovido pela Comissão Mista Especial de Mudanças Climáticas, em parceria com quatro comissões da Câmara (Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional; Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e Relações Exteriores e de Defesa Nacional) e três comissões do Senado.

Reportagem - Luciana Mariz
Edição - Noéli Nobre

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