Cidades e transportes

Câmara analisa projeto que acaba com o horário de verão

27/07/2007 - 10:54  

A Câmara analisa o Projeto de Lei 397/07, do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), que acaba com o horário de verão em todo o País. Na avaliação do parlamentar, adiantar o relógio em uma hora durante o verão, além de mudar a rotina de milhões de brasileiros, é pouco efetivo na redução do consumo de energia.

O horário diferenciado foi instituído no Brasil no verão de 1931/1932 com o propósito de economizar energia. Como durante o verão os dias são mais longos, ao adiantar uma hora no relógio, aproveita-se a luz natural, o que teoricamente reduz a geração da energia elétrica destinada à iluminação artificial. Segundo dados da Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o horário de verão também reduz a demanda por energia no período de suprimento mais crítico do dia, das 18 às 21 horas, chamado "horário de pico". A adoção do horário especial, portanto, representa uma economia média de 4% a 5%, de acordo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Distúrbios orgânicos
Collato avalia, no entanto, que a redução é pouco significativa e não se justifica em razão dos prejuízos que pode causar ao organismo. "As bruscas alterações de horário ocasionam distúrbios orgânicos no homem", afirma, citando como exemplo das conseqüências fadiga, dor de cabeça, confusão de raciocínio, irritabilidade, constipação e queda da imunidade. Colatto afirma ainda que a mudança de horário pode ocasionar a síndrome de jet lag - conseqüência da alteração de rotina, freqüente em viagens, e responsável por alterações fisiológicas no homem.

Sair de casa antes de amanhecer além de desconfortável, analisa o deputado, é perigoso. "Pode-se imaginar a sensação de perigo que acompanha o cidadão quando se vê obrigado a sair em plena escuridão para ir par o trabalho."

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Minas e Energia; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Da Redação/NN

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