Entenda o caso

02/10/2009 - 08:07  

O presidente eleito de Honduras, Manuel Zelaya, havia sido derrubado por um golpe militar em 28 de junho e obrigado a deixar o país rumo à Costa Rica. No último dia 21, ele voltou ao país e pediu abrigo na embaixada brasileira.

Segundo a Suprema Corte de Honduras, que obrigou a destituição do presidente, Zelaya pretendia incluir na Constituição a possibilidade de se reeleger. Essa iniciativa é proibida pela Constituição de Honduras.

Zelaya foi substituído no cargo pelo presidente do Congresso, Roberto Micheletti, que teve o apoio de setores conservadores. O governo interino tem uma ordem de prisão contra ele por "traição" e prometia prendê-lo caso ele voltasse ao país. Zelaya também é acusado de corrupção.

A ruptura criou uma grave crise política em Honduras, com manifestações de rua e embates entre partidários pró e contra Zelaya. Na comunidade internacional não houve divergências, e todos os países condenaram a deposição, liderados pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pela União Europeia e por governos latino-americanos, representados pela OEA - que suspendeu o novo governo de Honduras, negando sua legitimidade. Vários fundos de ajuda econômica ao país, que é o segundo mais pobre da América Latina (fica à frente do Haiti)­, foram cortados.

Reportagem - Rodrigo Bittar
Edição – Wilson Silveira

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