Chinaglia e líderes criarão grupo para combater corrupção

23/05/2007 - 18:01  

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, anunciou nesta quarta-feira a criação de um grupo de trabalho, coordenado por ele, com a participação de todos os líderes, para elaborar sugestões de combate à corrupção.

O presidente explicou que, durante reunião, os líderes defenderam os seguintes pontos: a inclusão do patrimônio pessoal dos administradores entre os bens passíveis de arresto em casos de sonegação e corrupção; e a criação de regras mais rígidas para comprovar a idoneidade de empresas que prestam serviço para o setor público. "Não significa que há acordo quanto a essas propostas no momento, mas que nós hoje - não por acaso está aqui oposição e governo - estamos todos unidos na defesa de valores que a sociedade brasileira preza e exige."

Ele informou que já na próxima terça-feira (22), às 10 horas, o grupo vai se reunir novamente na residência oficial da Presidência da Câmara para sistematizar propostas para aprimorar a legislação.

Medidas na Câmara
Chinaglia disse ainda que a própria Câmara deve adotar medidas internas de combate à corrupção. Ele defendeu mais transparência na aprovação do Orçamento da União e a reestruturação das emendas de bancada. O presidente defendeu mais transparência no processo. "As emendas de bancada são a maior fonte de problemas. Estamos caminhando para uma reestruturação radical delas. Elas serão dissecadas", afirmou, sem dizer se existe a possibilidade de serem extintas.

O presidente da Câmara garantiu ainda que o foro privilegiado não impedirá o julgamento de parlamentares que tenham envolvimento comprovado em escândalos de corrupção, como o denunciado pela Operação Navalha, da Polícia Federal. Chinaglia disse também que os líderes discutiram a possibilidade de procurar o Supremo Tribunal Federal e o Ministério Público para pedir o julgamento de deputados denunciados.

Foi encaminhado hoje ao Superior Tribunal de Justiça o pedido do envio, à Câmara, das cópias do inquérito da Operação Navalha.

Mobilização
Chinaglia afirma que a intenção é mobilizar a sociedade em torno do tema, reunir ONGs e centrais sindicais, viajar pelos estados e organizar comissões gerais no Plenário. "Queremos dar instrumentos para a indignação da sociedade, que é justa. Como representantes populares, queremos ser os porta-vozes da indignação", declarou.

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Reportagem - Geórgia Moraes/Rádio Câmara
Edição - Regina Céli Assumpção

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