Chinaglia quer aprofundar debate de aborto e pena de morte

16/05/2007 - 17:50  

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, afirmou hoje que o Parlamento precisa enfrentar o debate de temas sensíveis, como a pena de morte e o aborto. "Ser favorável ou contra a pena de morte não é, por si só, um balizador", disse, acrescentando que até entre presidiários a pena capital tem o apoio da maioria. Para Chinaglia, há muita desinformação por trás dos números apurados em pesquisas de opinião sobre o assunto. "Eu creio que é nosso dever ouvir a sociedade, organizar o debate e não fugir dele", afirmou.

Tema proibido
Chinaglia disse que o Congresso é, democraticamente, influenciado pela sociedade. "Não pode haver tema proibido para a Câmara dos Deputados. Da minha parte, não há problema em debater qualquer tema", assegurou. Essa postura, porém, não significa que o parlamento vai decidir sem que haja debate. "Não podemos colocar nenhuma matéria que não esteja profundamente discutida em votação em plenário", acrescentou.

O presidente da Câmara não descartou pautar o aborto, mas antes quer a consolidação das opiniões sobre o assunto. "O aborto envolve questões de consciência. Isso divide o Congresso da mesma forma como divide a sociedade. O trabalho do Congresso em temas como esse, principalmente, não pode seguir o critério da fita métrica: quanto mais votos favoráveis, melhor", advertiu.

Reportagem - Edvaldo Fernandes
Edição - Cristiane Bernardes

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