06/12/2018 19:47 - Meio Ambiente
06/12/2018 19:47 - Meio Ambiente
A comissão especial da Câmara destinada a estudar os efeitos da crise hídrica no Brasil aprovou nesta quarta-feira (5) o relatório final do deputado Givaldo Vieira, do PCdoB capixaba.
O texto, com mais de 200 páginas, apresenta um diagnóstico da nova realidade de escassez de água por causa das mudanças climáticas.
Entre as recomendações do relatório de Vieira estão a remuneração de agricultores e proprietários rurais que preservam nascentes, o investimento em saneamento e a redução das perdas de água.
"Temos que investir lá na fonte onde a água é gerada, preservando, com pagamentos de serviços ambientais. É uma medida importante. Precisamos de investimentos para reduzir as perdas dessa água para a população. E nós precisamos, depois que essa água chega, de uma mudança cultural no Brasil. No Brasil nós convivemos com uma cultura da abundância. Embora nós não tenhamos água abundante, a nossa cultura trata a água como recurso abundante."
O texto propõe colocar a educação como foco da política de recursos hídricos. Givaldo Vieira quer se espelhar na forma como a água é colocada como bem vital nas salas de aula de Israel desde a primeira infância. A comissão fez uma viagem ao país do Oriente Médio para ver como o governo e a população lidam com a realidade de escassez hídrica.
Para o presidente do colegiado, deputado Celso Pansera, do PT do Rio de Janeiro, a comissão cumpriu seu propósito de fazer uma análise da situação hídrica brasileira e propor medidas para minimizar os impactos da escassez de água.
Vieira e Pansera falaram que será ainda apresentada uma proposta para corrigir a lei que rege o sistema hídrico brasileiro. Vieira afirmou que o texto vai ajudar o País a se preparar e enfrentar a nova realidade de crises hídricas cada vez mais frequentes.
O texto deve ser apresentado até a próxima quarta-feira (12), mas, como nem o relator nem o presidente da comissão foram eleitos para a próxima legislatura, eles buscam outro parlamentar para subscrever o texto e manter sua tramitação, uma vez que somente autores podem desarquivar propostas de uma legislatura passada.
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