25/05/2017 19:25 - Educação
25/05/2017 19:25 - Educação
Para reduzir a defasagem do ensino da matemática no país, debatedores citaram urgência na aprovação das novas orientações curriculares previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O tema foi discutido, nesta quinta-feira (25), em reunião da Comissão de Educação da Câmara.
O documento que define as linhas gerais do que os alunos devem aprender a cada ano foi entregue pelo Ministério da Educação (MEC) ao Conselho Nacional de Educação (CNE) em abril. Antes de ser homologado, o texto será discutido em cinco audiências públicas em cada região do país.
O Secretário Executivo-Adjunto do MEC, Felipe Sartori, comparou o aumento dos recursos ao impacto da reforma nos índices da educação:
"O Ministério da Educação triplicou os recursos nos últimos anos só que a qualidade não acompanhou, não teve nenhum avanço, desde 2011 não temos no PISA e no IDEB, os alunos não conseguem aprender."
O diretor do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), Marcelo Viana, observou que a modernização do ensino da matéria vai demandar mais do que o esforço de professores e acadêmicos.
"É importante continuar avançando na restruturação do sistema educacional, em particular com a promulgação da BNCC, e na reforma do ensino médio outra iniciativa que nós consideramos urgente."
Com a reforma, o ensino de matemática será oferecido pelas escolas como itinerário formativo, uma opção ao estudante que quer aprofundar na disciplina. O deputado fluminense Celso Pansera (PMDB) apoiou a iniciativa:
"São louváveis todas as iniciativas de buscar a base de alunos em escolas de tempo integral e de criar os itinerários informativos, o que melhora a fluidez da educação e coloca para os estudantes opções mais adequadas a sua vocação."
Durante o debate na Comissão de Educação, o diretor do IMPA, Marcelo Viana disse que o baixo rendimento escolar, não impediu o país de se destacar em pesquisa na área. Em 2018, o Brasil vai sediar o Congresso Internacional de Matemáticos (ICM) e será o quinto país em número de palestrantes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, da França, da Alemanha e da Inglaterra.
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