Segurança

Batalha Naval do Riachuelo é lembrada em sessão solene

19/06/2019 - 19:30  

A Câmara dos Deputados celebrou o 154º. aniversário da Batalha Naval do Riachuelo. A batalha é considerada pelas Forças Armadas como a mais importante ocorrida durante a Guerra do Paraguai entre os anos de 1861 a 1865, em que a Marinha brasileira saiu vitoriosa.

Em discurso para ser lido no Plenário, o presidente da Casa, Rodrigo Maia, lembrou que o dia 11 de junho é a “data magna” em homenagem à Marinha brasileira. Para Maia, a partir da Batalha do Riachuelo, as Forças Armadas ganharam prestígio e seus feitos devem ser reconhecidos por toda a sociedade.

Michel Jesus/ Câmara dos Deputados
Homenagem ao Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo – Data Magna da Marinha do Brasil
O dia 11 de junho é considerado "data magna" em homenagem à Marinha brasileira devido à Batalha do Riachuelo

“Naquela época, as fronteiras terrestres do Brasil ainda estavam se definindo. Se não fosse a vitória em Riachuelo, a guerra seria ainda mais longa, ameaçando a nossa integridade nacional e territorial”, destacou.

“O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever” – essa foi a mensagem transmitida para a frota brasileira pelo então comandante da Marinha no dia da Batalha do Riachuelo, almirante Barroso. Para o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), a frase é “muito atual” e deve ser recordada nesse momento, para que os desafios do presente, como as reformas da Previdência, tributária, entre outras, também sejam vencidos.

“Embora os atuais desafios do Brasil tenham natureza distinta daqueles de 1865, precisam ser enfrentados com o mesmo espírito patriótico dos heróis do Riachuelo. Honra, coragem lealdade e abnegação”, destacou.

O deputado Coronel Chrisóstomo (PSL-RO), um dos autores do pedido para a realização da solenidade, disse que a Marinha cumpre seu trabalho em diversas cidades por todo o país com dignidade e grandeza. “A Marinha é uma das guardiãs das terras brasileiras”, frisou.

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que o Itamaraty é do Brasil e da nação brasileira, assim como a Marinha. O chanceler disse que a pasta está empenhada na missão de trabalhar pela paz, o que, segundo o ministro, não significa ausência de conflito, mas a prevalência dos valores do povo brasileiro.

“Como já foi dito aqui, é preciso ter força para ter paz e estamos convencidos disso. Paz com dignidade, com democracia, com soberania e desenvolvimento para poder enfrentar os desafios de hoje”, pontuou.

O medalhista brasileiro Lars Grael destacou a força da Marinha tanto na guerra como na Batalha do Riachuelo e na paz, como nas missões no Haiti. Ele ainda recordou que nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, havia 145 atletas militares que trouxeram 13 medalhas para o Brasil.

“Nós, do esporte, somos gratos à atuação da Marinha, especialmente em programas como o Força no Esporte e o de Alto Rendimento”, encerrou.

Previdência
O deputado Gurgel (PSL-RJ) destacou que, na atual legislatura, cerca de 120 parlamentares são militares ou policiais. Ele afirmou que os homenageados são os heróis da nação, serão sempre reconhecidos e “cuidados” pela Casa.

“Não estamos falando de privilégios, nem direitos das forças policiais e militares, mas de requisitos básicos para se proteger e defender uma nação. Então, esses requisitos serão sempre protegidos por nós”, afirmou.

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) salientou a importância da atuação das Forças Armadas para o crescimento do país independente do partido que esteja no governo. A parlamentar acrescentou que foi escolhida pelo PCdoB para integrar a Comissão que vai debater a questão da proteção social dos militares e que ela entende ser justa uma previdência diferenciada.

“Forças Armadas são instituições de Estado, nunca são instituições de partidos ou de governos e isso precisa estar sempre em nossas mentes”, frisou.

O comandante da Marinha Ilques Barbosa Junior agradeceu todas as homenagens e assegurou: “Estamos prontos para defender, onde e quando for necessário, a nossa pátria”, encerrou

Reportagem - Karina Berardo
Edição - Ana Chalub

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