Política e Administração Pública

PT e PCdoB querem adiar votação que autoriza intervenção no Rio de Janeiro

19/02/2018 - 19:25   •   Atualizado em 19/02/2018 - 22:53

Líderes da oposição defenderam o adiamento da votação do decreto de intervenção federal na área de segurança do Rio de Janeiro. O adiamento foi defendido, no início da noite desta segunda-feira (19), em reunião de deputados do PT e do PCdoB. O líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), se queixou da falta de detalhes da operação militar de intervenção. O assunto também foi discutido em reunião dos líderes da oposição com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. 

J. Batista
Presidente da Câmara dep. Rodrigo Maia (DEM-RJ) se reúne com deputados da minoria
Líderes da oposição levam pedido de adiamento a Maia

"Não podemos votar isso no escuro. Temos que saber as motivações que levaram à edição do decreto, o diagnóstico da situação real do Rio de Janeiro - já que a questão da violência não está presente só no Rio - e o volume de recursos que o governo pretende utilizar nessa operação. Entendemos o clamor da população do Rio de Janeiro, mas não é possível votar sem planejamento e na base do improviso", disse José Guimarães.

"Estamos defendendo que se suspenda até para a gente cobrar essas informações. Como é que vamos votar um decreto que não tem planejamento nenhum. Não sabemos como ele vai ser executado. Não sabemos nada. Nós temos responsabilidade com o país e com a população do Rio de Janeiro", acrescentou o líder da Minoria.

Vice-líder da Minoria, a deputada Jô Moraes (PC do B-MG) também cobrou o detalhamento prévio da intervenção federal no Rio de Janeiro.

"Antes de um decreto formal, o governo tem que garantir recursos liberados para as forças de segurança do Rio de Janeiro, tem que assegurar que os serviços de inteligência ponham em funcionamento a sua fiscalização para impedir que armas e drogas entrem no nosso país e garanta a Força Nacional para se posicionar na ação do Rio de Janeiro. Não se impede a ação de bandidos apenas com uma assinatura legal. Queremos efetivamente atitudes do governo".

Reportagem - José Carlos Oliveira
Edição - Roberto Seabra

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