Política e Administração Pública

PT e PMDB apostam na Presidência e correm o risco de ficar sem cargos

01/02/2015 - 17:28  

Os dois maiores partidos da Câmara – PT e PMDB – apostaram todas as fichas na Presidência da Câmara dos Deputados e podem ficar sem cargo na Mesa Diretora pelos próximos dois anos, caso seus candidatos não sejam eleitos: Arlindo Chinaglia do PT e Eduardo Cunha do PMDB.

O bloco encabeçado pelo PT registrou três candidatos: Lúcio Vale (PR-PA) para 2º vice-presidente; Felipe Bornier (PSD-RJ) para 2º secretário; e Valtenir Pereira (Pros-MT) para a suplência. Além de Chinaglia, o outro candidato do partido é Weliton Prado (PT-MG), que registrou candidatura avulsa à suplência. Mas o líder do PT, deputado Vicentinho (SP) não escondeu que pretende convencer Prado a desistir. Assim, se Chinaglia não ganhar e se Prado desistir, eles podem ficar sem representação na Mesa.

O mesmo ocorre com o PMDB, que indicou apenas Eduardo Cunha (RJ). Os outros cargos do bloco foram distribuídos entre PP, PRB, PTB, PSC, DEM. Waldir Maranhão (PP-MA) concorre ao cargo de 1º vice-presidente; Beto Mansur (PRB-SP) foi indicado para a 1ª secretaria; Alex Canziani (PTB-PR) foi indicado à 4ª secretaria e os deputados Gilberto Nascimento (PSC-SP) e Mandetta (DEM-MS) disputam vagas de suplentes de secretário. Se Cunha não ganhar, PMDB pode ficar fora da Mesa Diretora.

Além de Cunha e Chinaglia, Chico Alencar (Psol-RJ) e Júlio Delgado (PSB-MG) também concorrem à Presidência da Câmara, em eleição marcada para as 18h.

A única vez em que o PT ficou sem representação na Mesa Diretora foi durante a gestão na Presidência da Câmara de Aldo Rebelo (PCdoB-SP), entre 2005 e 2007, mas Aldo era da base aliada e teve apoio do PT.

Reportagem - Carol Siqueira
Edição - Newton Araújo

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