CPMI da Petrobras ainda não tem quórum para votar relatório final
18/12/2014 - 10:28
A reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras para votar o relatório final, prevista para as 10 horas, ainda não começou. O texto do deputado Marco Maia (PT-RS) indicia 52 pessoas pelos crimes de participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Desse total, 23 já são réus em processos na Justiça Federal do Paraná, derivados da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Já a oposição apresentou ontem um relatório paralelo com pedido de indiciamento do deputado Luiz Argôlo (SD-BA), do deputado cassado André Vargas e de outras 58 pessoas. A lista também inclui a presidente da Petrobras, Graça Foster, o ex-presidente da estatal José Gabrielli e o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto.
Por enquanto, apenas oito parlamentares, cinco da oposição, assinaram a lista de presença da reunião da CPMI. São necessários 17 dos 32 membros para que a votação possa acontecer. O vice-presidente da CPMI, senador Gim (PTB-DF), e o relator, deputado Marco Maia (PT-RS), ainda não assinaram a lista de presença, apesar de já terem chegado à sala da comissão.
A votação havia sido marcada para ontem, mas foi adiada após sucessivas suspensões da reunião ao longo do dia. Como esta é a última semana de trabalhos do Congresso antes do recesso parlamentar e do fim desta legislatura, dificilmente a comissão conseguirá aprovar algum relatório. Os trabalhos da CPMI terminam na próxima segunda-feira (22), último dia do ano legislativo.
No fim da noite de ontem, a comissão, com presença maciça de parlamentares da oposição, chegou a rejeitar, em votação simbólica, o relatório do deputado Marco Maia (PT-RS). Como o quórum mínimo não foi atingido, a votação não valeu.
A comissão está reunida no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado.
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Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Marcos Rossi