Política e Administração Pública

Empreiteira pode responder na Justiça por documentos enviados à CPMI

21/11/2014 - 15:58  

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades na Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), afirmou nesta sexta-feira (21) que pode pedir ao Ministério Público a responsabilização criminal dos funcionários da empreiteira Engevix.

Segundo ele, a decisão será tomada se for comprovada a fraude em notas e cópias de contratos entregues à comissão. A presidência da CPMI acrescentou, em nota, que o recurso será adotado em todos os suspeitos de uso de documento falso.

A empreiteira teria enviado à CPMI os mesmos documentos que a Justiça no Paraná já identificou como falsos para justificar repasses de recursos às empresas do doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na operação Lava Jato. O vice-presidente da Engevix, Gerson de Mello Almada, é um dos presos na última semana, durante a sétima fase da Lava.

Afastamento
O PSDB pediu nesta quinta-feira à Procuradoria da República no Distrito Federal e ao Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) que a presidente da Petrobras, Graça Foster, seja afastada do cargo imediatamente.

“A presidente Graça Foster não tem mais condições para comandar a Petrobras. Ela mentiu não apenas para os deputados e senadores, mas para o povo brasileiro”, afirmou o líder do partido, deputado Antônio Imbassahy (BA). Ele lembrou que Foster declarou, em depoimento à comissão em junho, que não sabia de pagamentos de propinas da empresa holandesa SBM Offshore à funcionários da estatal. Graça Foster, porém, confirmou na segunda-feira (17) que sabia desde março do pagamento de propinas.

Na representação, o PSDB afirma que Graça Foster cometeu dois crimes: falso testemunho e prevaricação, que é a omissão do dever funcional.

Reportagem - Tiago Miranda
Edição - Wilson Silveira

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