Política e Administração Pública

Relator: CPMI já fez cruzamento dos sigilos bancário e fiscal de Paulo Roberto

16/09/2014 - 20:42  

Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Dep. Marco Maia (PT-RS), fala sobre o reunião da CPMI da Petrobras que vai ouvir o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa
Marco Maia prefere que o depoimento desta quarta (17) seja fechado.

A movimentação dos recursos que passaram pela conta do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa pode chegar a mais de R$ 70 milhões no período entre 2005 e 2014. A informação é do relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga desvios na estatal, deputado Marco Maia (PT-RS).

Segundo Marco Maia, a CPMI já fez o cruzamento das quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico por onde passaram os recursos.

Para o relator, o depoimento de Paulo Roberto Costa é uma oportunidade para confirmar se as informações publicadas na imprensa, sobre o envolvimento de políticos, são verdadeiras. “Nossa expectativa é que ele possa confirmar o que disse na delação premiada e o que já foi divulgado. Confirmar qual a origem e o destino dos recursos e por onde passaram. Há um conjunto de questionamentos que nós queremos aproveitar a oportunidade para esclarecer.”

Sessão fechada

Para Marco Maia, a sessão de depoimento desta quarta (17) deve ser fechada. "Devemos dar essa oportunidade para que ele possa falar mais, principalmente porque a delação premiada segue em sigilo de justiça."

Marco Maia assinalou que a investigação promovida pela CPMI é diferente da que é feita pelo pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pela Justiça. “Aqui, ele terá oportunidade de apresentar sua defesa.”

O líder do Democratas, deputado Mendonça Filho (DEM-PE), também defende que a sessão seja fechada. “A gente quer buscar o esclarecimento dos fatos. É fundamental que o delator revele fatos graves que envolvem todo esse esquema.”

Mendonça Filho falou que a oposição está preparada para interpelar o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa nesta quarta-feira (17).

Depois das eleições, os parlamentares devem votar novos requerimentos para ouvir depoimentos e concluir a investigação.

Da Redação - RCA

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