Política e Administração Pública

Luiz Argôlo nega denúncias em depoimento ao Conselho de Ética

02/09/2014 - 14:03  

O deputado Luiz Argôlo (SD-BA) afirmou hoje, ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, que as conversas dele com o doleiro Alberto Youssef vazadas à imprensa se referem à venda de um terreno do irmão dele para Youssef. Argôlo disse que intermediou a transação feita em 2011, no valor de R$ 375 mil. Desse total, segundo ele, Youssef pagou cerca de R$ 200 mil antes de ser preso na operação Lava Jato da Polícia Federal.

De acordo com o deputado, o doleiro disse que pagaria o terreno com depósitos em conta corrente. Depois, teria sugerido pagar diretamente para os fornecedores a quem o irmão do deputado devia, o que também não ocorreu. Por fim, Youssef teria prometido pagar o terreno à vista, mas sofreu um infarto e foi preso em seguida.

Argôlo é investigado no Conselho de Ética pela sua relação com o doleiro. Ele afirmou ter sido apresentado a Youssef na Bahia como um grande investidor, proprietário de hotéis e terrenos.

O parlamentar disse que está sendo usado como “boi de piranha” e que a operação Lava Jato trata de irregularidades relacionadas à Petrobras. Argôlo afirmou ainda que a ex-contadora de Youssef, Meire Poza, pediu R$ 250 mil ao seu advogado, alegando estar em dificuldades financeiras. No mês passado, Meire disse ao Conselho de Ética que os negócios de Argôlo com Youssef eram ilícitos.

Reportagem - Silvia Mugnatto
Edição - Daniella Cronemberger

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