Política e Administração Pública

Diretor nega recebimento de propina por funcionários da Petrobras

20/08/2014 - 17:51  

O diretor de Segurança Empresarial da Petrobras, Pedro Aramis de Lima Arruda, disse há pouco que a comissão interna da estatal não identificou pagamento de propina pela empresa holandesa SBM Offshore. “O resultado final da comissão é que não encontramos qualquer tipo de propina a funcionário da Petrobras”, disse, ao responder o relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga denúncias contra a estatal, deputado Marco Maia (PT-RS).

Arruda foi convocado a pedido do deputado Sibá Machado (PT-AC) e outros parlamentares para explicar as denúncias de pagamento de suborno a funcionários da Petrobras pela SBM Offshore. De acordo com uma reportagem publicada em fevereiro pelo jornal Valor Econômico, a companhia holandesa, que aluga navios-plataforma a petroleiras, teria pagado 139,2 milhões de dólares a empregados e intermediários da Petrobras. Arruda foi o coordenador da auditoria interna da estatal para apurar as denúncias.

O diretor já foi ouvido pela CPI da Petrobras no Senado. Em depoimento no dia 3 de junho, Arruda afirmou não haver evidências de que a SBM Offshore tenha subornado funcionários da estatal brasileira. Ele acrescentou que foram 44 dias de investigação, com análise de contratos e aditivos, e o trabalho demonstrou que os negócios seguiram as normas adotadas pela Petrobras.

A estatal tem, desde 1996, 27,67 bilhões de dólares em contratos com a SBM Offshore para fretar dez plataformas (nove aluguéis e uma construção). Das 23 plataformas do tipo FPSO (Unidades Flutuantes de Produção, Armazenamento e Descarga) da Petrobras, oito são da SBM Offshore.

A reunião da CPMI da Petrobras prossegue no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado.

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Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Marcelo Oliveira

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