Pasadena: gerente explica motivo de Petrobras não ter pagado valor definido pela Justiça
20/08/2014 - 17:05
O gerente jurídico internacional da Petrobras, Carlos Cesar Borromeu de Andrade, disse há pouco que mesmo se a estatal aceitasse pagar os 639 milhões de dólares da justiça arbitral dos Estados Unidos em 2009 pela compra da refinaria de Pasadena, havia outros processos que poderiam fazer a conta subir mais. “Poderíamos pagar os 639 milhões e eles ainda estavam com outros processos pedindo valores adicionais de 400 milhões de dólares”, afirmou Borromeu.
Segundo o gerente, essa foi a principal razão para a Petrobras continuar no processo judicial. Em 2012, com a perspectiva de derrota judicial, a Petrobras fez um acordo que custou ainda mais: 821 milhões de dólares
A resposta de Borromeu veio depois de um questionamento do deputado Izalci (PSDB-DF) sobre o porquê de a estatal não ter aceitado o valor da corte arbitral sendo que, em 2008, tinha oferecido 788 milhões de dólares (149 milhões de dólares a mais) pela compra da segunda metade da refinaria de Pasadena. “A Petrobras ofereceu um valor maior que o do conselho arbitral. Era razoável que ela não só aceitasse, mas fizesse um acordo para decidir a questão”, declarou Izalci.
A reunião da CPMI da Petrobras prossegue no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado. Os parlamentares começaram a ouvir agora o diretor de Segurança Empresarial da empresa, Pedro Aramis de Lima Arruda.
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Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Marcelo Oliveira