Política e Administração Pública

Secretário do TCU inocenta Conselho de Administração da Petrobras por Pasadena

23/07/2014 - 17:34  

O secretário de Controle Externo da Administração Indireta do Tribunal de Contas da União (TCU), Osvaldo Perrout, inocentou o Conselho de Administração da Petrobras da responsabilidade sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

“Na análise dos técnicos do TCU, não há responsabilidade aos membros do conselho de administração. Isso foi reafirmado mais uma vez”, disse o relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS). O secretário ainda presta depoimento ao colegiado sobre a investigação da compra de Pasadena – a reunião acontece a portas fechadas.

Perrout é o chefe da área que fez parecer para subsidiar o voto do ministro José Jorge, relator no TCU do processo sobre Pasadena. Em parecer aprovado por unanimidade há pouco pelo plenário do tribunal, Jorge inocentou a presidente Dilma Rousseff, então comandante do Conselho de Administração da Petrobras, pelo prejuízo com a aquisição da refinaria norte-americana.

O texto de Jorge condena, porém, o ex-presidente da estatal José Gabrielli e os ex-diretores da Área Internacional Nestor Cerveró, e de Abastecimento e Refino Paulo Roberto Costa, e demais diretores da estatal à época, a devolver 792,3 milhões de dólares por causa de prejuízos com a compra de Pasadena. Costa foi preso na operação Lava Jato da Polícia Federal por suspeita de envolvimento em uma operação que teria desviado R$ 10 bilhões.

Oposição
Parlamentares da oposição criticaram uma contradição no depoimento de Perrout. Perguntando se teria votado com base no resumo executivo apresentado ao conselho de administração, o secretário do tribunal teria dito que não. “Ele disse que exigiria mais documentos e não votaria [pela aprovação da compra de Pasadena] e agora disse que o conselho não tem responsabilidade”, reclamou o deputado Fernando Francischini (SD-PR), autor do convite para ouvir Perrout.

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Marcelo Oliveira

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