Meio ambiente e energia

Produção de papel no Brasil é tema de debate nesta tarde

23/05/2017 - 09:09  

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável discute nesta terça-feira (23) os impactos ambientais e econômicos da produção de papel no Brasil.

Segundo o deputado Nilto Tatto (PT-SP), que pediu a realização da audiência, o setor florestal brasileiro tem, aproximadamente, 530 milhões de hectares de florestas nativas, 43,5 milhões de hectares em unidades de conservação federal e 5,5 milhões de hectares de florestas plantadas com pinus, eucalipto e acácia-negra.

Essas florestas plantadas visam garantir o suprimento de matéria-prima para as indústrias de papel e celulose, siderurgia a carvão vegetal, lenha, serrados, compensados e lâminas e painéis reconstituídos (aglomerados, chapas de fibras e outros).

“Apesar da participação das plantações florestais estar aumentando em todos os segmentos em relação a das florestas nativas, o setor acredita que com base nas expectativas de crescimento de demanda, haverá uma necessidade de plantio em torno de 630 mil hectares ao ano, em vez dos 200 mil hectares atuais”, afirma o deputado.

O parlamentar ressalta, por outro lado, que a produção de eucalipto causa esgotamento das águas nas áreas de plantação e prejudica a biodiversidade no local. “Esse impacto é tão significativo que um movimento de mais de cem organizações não governamentais cunhou a expressão ‘deserto verde’ para denominar as áreas de cultura do eucalipto.”

Debatedores
- o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Extração, Plantio, Beneficiamento e Afins nas Indústrias de Papel no Extremo Sul da Bahia e Região, Silvânio Alves de Oliveira;
- o presidente da Federação Estadual de Trabalhadores na Indústria de Papel e Celulose, Marcelo Mendes;
- o coordenador de Certificação Florestal do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), Ricardo Camargo Cardoso; e
- o diretor-executivo da Indústria Brasileira de Árvores, Marcilio Caron.

A audiência será realizada no plenário 8 a partir das 14 horas.

A reunião poderá ser acompanhada ao vivo pela WebCâmara.

Da Redação - ND

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