Meio ambiente e energia

Câmara poderá homenagear bombeiros que atuaram na tragédia de Mariana

27/05/2016 - 17:52  

Divulgação/Câmara dos Deputados
Luís Tibé - PTdoB
Tibé: apesar das condições extenuantes do resgate, muitas pessoas se destacaram pelo heroísmo

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Resolução 126/16, do deputado Luis Tibé (PTdoB-MG), que cria a Medalha Heróis de Mariana para bombeiros que tenham prestado serviços relevantes durante a tragédia ocorrida pelo rompimento de barragem da mineradora Samarco na região de Mariana (MG).

A medalha, que terá a inscrição “Heróis de Mariana, jamais esqueceremos”, poderá ser concedida pela Mesa da Câmara a partir de pedido justificado de um deputado ou por iniciativa do presidente da Casa.

Segundo Tibé, toda a nação se comoveu com a tragédia ocorrida em Mariana, com desdobramentos interestaduais. “Nos extenuantes trabalhos de resgate, muitas pessoas se destacaram pela sua abnegação e pelo heroísmo”, afirmou.

A medalha, explica Tibé, busca reconhecer o “inestimável valor” dos bombeiros que atuaram diretamente na tragédia de Mariana. “Com um trabalho árduo, intenso e dificultado pelas condições do local, os bombeiros não esqueceram de nenhum detalhe e de nenhuma forma de vida: pessoas e animais foram por eles resgatados.”

Histórico
O desastre ambiental ocorreu no dia 5 de novembro de 2015, por volta de 16h20, quando a barragem de rejeitos de Fundão, situada no município de Mariana e de propriedade da Samarco Mineração, controlada pela Vale e pela BHP Billiton, rompeu-se e derramou 34 milhões de metros cúbicos de lama sobre o vale de um subafluente do rio Gualaxo do Norte, afluente do rio do Carmo, que deságua no rio Doce.

Antonio Cruz/Agência Brasil
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No total, a lama matou 19 pessoas e desalojou ou desabrigou outras 1.640

Em cerca de 40 minutos, esse fluxo de lama atingiu a barragem de Santarém, situada 3 km abaixo, derramando mais 1,5 milhão metros cúbicos de lama no vale, até chegar à comunidade de Bento Rodrigues, 3 km adiante, que foi totalmente destruída.

Nos 16 dias seguintes, a lama percorreu mais de 600 km e chegou à foz do rio Doce, no oceano Atlântico, matando a fauna e a flora da região e comprometendo o abastecimento de água de várias cidades do Espírito Santo e Minas Gerais.

Tramitação
A proposta será analisada pela Mesa Diretora da Câmara e pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de seguir para o Plenário.

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Natalia Doederlein

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