Votação de requerimentos da CPMI da JBS será retomada na quinta-feira
20/09/2017 - 13:58
Em função da Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados, a CPMI da JBS suspendeu a reunião antes da votação dos 118 requerimentos de convocação e de pedidos de informação que estão na pauta. O presidente da comissão, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), anunciou nova reunião para esta quinta-feira (21) às 9 horas.
Entre os requerimentos que podem ser votados estão a convocação dos irmãos Joesley e Wesley Batista, assim como dos executivos do grupo J&F Ricardo Saud, Valdir Aparecido Boni, Francisco Assis e Silva, Florisvaldo Caetano de Oliveira, Fábio Chilo e Demilton Antônio de Castro.
Também podem ser votados os requerimentos de convocação do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e do procurador Eduardo Pelella, que era o braço direito de Janot, assim como do ex-procurador Marcelo Miller e do procurador Angelo Goulart Villela, investigados por suposta atuação a favor da JBS quando faziam parte da equipe de Janot.
Na lista de quem pode ser convocado, estão ainda: Willer Tomaz de Souza, advogado do grupo JBS; o ex-presidente do BNDES no governo Dilma Rousseff, Luciano Coutinho; os ex-presidentes da Caixa Econômica Federal Maria Fernanda Ramos Coelho e Jorge Hereda; o delegado da Polícia Federal Vitor Hugo Rodrigues, bem como os delegados que atuam ou que atuaram nas operações envolvendo a JBS e J&F: Buliish, Greenfeld, Sepsis, Cui Bono, Carne Fraca e Tendão de Aquiles.
Ficaram de fora da pauta de votações da CPMI requerimentos que pediam a convocação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ex-presidente Dilma Rousseff, do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e do atual ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
Roteiro de trabalho
Antes da suspensão da reunião, a CPI mista aprovou o plano de trabalho apresentado pelo relator, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que elenca prioridades para a convocação de depoentes, começando por integrantes e ex-integrantes do Ministério Público Federal (MPF) que atuaram nos acordos de delação e de leniência assinados pela JBS.
Em seguida, de acordo com o plano de trabalho, viriam sócios, conselheiros, diretores, funcionários e ex-funcionários da JBS, da J&F, bem como do BNDES e do BNDES-PAR; pessoas que participaram dos acordos, como advogados; funcionários e diretores do BNDES que participaram das operações de crédito, autoridades e agentes públicos do sistema de inspeção sanitária animal; agentes públicos das administrações tributárias municipais, federais e estaduais; e demais agentes públicos e privados que participaram dos atos investigados.
Reportagem – Antonio Vital
Edição – Rachel Librelon