Ato em favor da PEC 231/95 reúne cerca de mil trabalhadores no Congresso
25/05/2011 - 19:10
Cerca de mil trabalhadores se reuniram nesta quarta-feira, no Salão Negro do Congresso, em defesa da PEC 231/95, que reduz a jornada do trabalhador para 40 horas semanais. Os manifestantes foram recebidos pelo presidente da Câmara, Marco Maia, na rampa do Congresso Nacional – entraram no prédio pelo tapete vermelho e ao som da banda da Polícia Militar do Distrito Federal.
“Esta é a Casa do povo e, portanto, quanto mais abrirmos para que as entidades e a sociedade estejam aqui presente, melhor”, disse Marco Maia.
O evento contou com a presença de seis entidades sindicais: Central Única dos Trabalhadores (CUT); Força Sindical; Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB); Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST); e União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Para o deputado João Dado (PDT-SP), o ato demonstra que o Congresso precisa colocar as propostas dos trabalhadores na ordem do dia. “Não é mais possível que tenhamos no País avanços no tocante à proteção do capital, das empresas, mas sem a repercussão positiva no direito dos trabalhadores”, afirmou.
Mobilização
O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), ressaltou que o ato foi apenas o início da pressão dos trabalhadores em defesa da redução da jornada e outros projetos de interesse das centrais sindicais. “Vamos fazer plantão, de terça a quinta, aqui no Congresso, conversando com líderes dos partidos. Também vamos fazer manifestações em todo o País”, disse.
Para o secretário-geral da CUT no Rio Grande do Sul, João Batista Xavier da Silva, a presença constante dos trabalhadores é a melhor estratégia para aprovar a PEC da redução da jornada de trabalho. “Nós temos de ocupar Brasília para essa votação não ficar na gaveta, para que os trabalhadores mostrem o peso da classe trabalhadora.”
Outros temas
Segundo Paulo Pereira da Silva, além da redução da jornada de trabalho, as centrais sindicais também vão negociar com o governo o fim do fator previdenciário, a regularização das terceirizações e a desoneração da folha de pagamentos.
“Vamos discutir nesta quarta-feira com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a questão da desoneração da folha. A intenção é que seja enviado ao Congresso um projeto acertado com as centrais sindicais e com os empresários”, informou.
Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Ralph Machado