Deputados divergem sobre aumentar acesso da população a armas
27/10/2015 - 16:05
O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) criticou há pouco as mudanças no Estatuto do Desarmamento previstas no substitutivo do relator, deputado Laudivio Carvalho (PMDB-MG), ao Projeto de Lei 3722/12 e apensados.
Molon considerou uma irresponsabilidade permitir que jovens de 21 anos de idade possam comprar armas de fogo. “Todos aqui já tiveram 21 anos e sabem que, nesta idade, os hormônios promovem mudanças no nosso organismo e nos faz ter reações mais impulsivas”, argumentou.
O parlamentar também defendeu a declaração do secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, que se manifestou contrário às mudanças no estatuto.
Segundo o secretário, o esforço do Congresso deve ser no sentido de melhorar as condições de trabalho das forças de segurança pública. “Ampliar o acesso às armas vai trazer mais assassinatos e não reduzir o número de homicídios no País”, concordou Molon.
Contraponto
Por outro lado, o deputado João Rodrigues (PSD-SC) apoiou o direto do cidadão de andar armando e acusou Beltrame de não querer mais trabalhar. “Alguns secretários que estão se manifestando não querem mais trabalho, porque lhes faltam capacidade e competência para controlar a violência em seus estados”, disse Rodrigues, ao defender o direito do cidadão a fazer a própria defesa.
“Sabendo que alguns cidadãos de bem estão armados, alguns bandidos serão eliminados e é bom que se faça uma limpeza, porque chega da população não poder se defender”, sustentou Rodrigues, autor de projeto que concede porte de armas para caminhoneiros e taxistas.
A reunião ocorre no plenário 8.
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Reportagem – Murilo Souza
Edição – Marcelo Oliveira