Saúde

Relatório propõe que propaganda de bebida alcóolica seja proibida

29/11/2011 - 20:27  

Saulo Cruz
Reunião Ordinária: Discussão e votação do relatório do dep. Givaldo Carimbão - secretário, dep. Givaldo Carimbão (relator) e dep. Reginaldo Lopes (presidente)
Vários parlamentares participaram da reunião da comissão especial.

A propaganda de bebidas alcóolicas pode ser proibida no Brasil, a exemplo do que já ocorreu com os anúncios de cigarros. A medida é uma das propostas contidas no relatório, apresentado pelo deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL) à Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas nesta terça-feira.

Além da proibir a propaganda comercial, o relatório também propõe o aumento do imposto sobre a venda de bebidas e o aumento da pena para quem traficá-las . “A bebida é a porta de entrada para as drogas pesadas”, disse Carimbão. Para o parlamentar, o jovem que bebe antes de 18 anos tem grande probabilidade de se tornar um usuário de drogas mais tarde.

Segundo o relator, todos os estados, com exceção de Pernambuco, enviaram sugestões para a criação de uma política nacional de combate às drogas. De acordo com o deputado, o projeto definitivo acolherá ainda sugestões de mais de 200 projetos sobre drogas, em tramitação na Câmara, e, por isso, poderá ter mais de mil páginas.

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Ouça reportagem da Rádio Câmara sobre o assunto.

Carimbão ressaltou também que serão necessários cerca de R$ 4 bilhões para o combate às drogas em todo o País, verba que poderá vir do aumento do imposto sobre bebidas alcóolicas e cigarro.

Outros destaques são a criação da semana nacional de enfretamento às drogas, e a inclusão do tema “consumo de drogas” no currículo escolar.

Saulo Cruz
Reunião Ordinária: Discussão e votação do relatório do dep. Givaldo Carimbão - dep. Givaldo Carimbão (relator) e dep. Reginaldo Lopes (presidente)
Para Carimbão (esq.), álcool é a porta de entrada da juventudade para as drogas mais pesadas.

O parlamentar alagoano salientou ainda a preocupação com a reinserção social do usuário de drogas. Carimbão propõe que seja obrigatória a reserva de 1% do total de vagas nos contratos de obras públicas ou de serviços para a inserção laboral de usuários de drogas em recuperação.

Para ser beneficiado, o pretendente deverá abster-se do uso de drogas e atender aos requisitos profissionais definidos pela empresa. Deverá ainda matricular-se no ensino regular, no prazo máximo de sessenta dias a partir de sua admissão, e frequentar o curso com aproveitamento.

Ainda de acordo com o relatório, caberá aos municípios trabalhar na prevenção contra as drogas, enquanto os estados cuidarão da recuperação do usuário e a União ficará incumbida da repressão aos traficantes e comercializadores.

A votação do relatório na comissão ficou para a próxima quarta-feira (7), em razão do pedido de vista coletiva. Foi aberto prazo para apresentação de emendas até sexta-feira (2), às 18h.

A Comissão Especial estuda o assunto há nove meses e fez cerca de 40 viagens para cidades do Brasil e do exterior para conhecer experiências na áreas.

Reportagem - Oscar Telles
Edição - Juliano Pires

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