Comissão acompanhará denúncia de abuso sexual contra diplomata do Irã

03/05/2012 - 20:02  

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias vai acompanhar, junto ao Itamaraty, as providências tomadas sobre as denúncias de abuso sexual de crianças e adolescentes envolvendo o diplomata iraniano Hekmattollah Ghorbani.

Segundo notícias divulgadas pela imprensa, quatro crianças entre 9 e 15 anos de idade teriam sido tocadas em suas partes íntimas pelo diplomata enquanto nadavam na piscina de um clube em Brasília, no último dia 14 de abril. O diplomata foi chamado de volta a Teerã para dar explicações.

O deputado Roberto de Lucena (PV-SP), que sugeriu o acompanhamento do caso, disse que as denúncias provocaram um “grande desconforto” na sociedade brasileira, “especialmente neste momento em que o Brasil se destaca por ações, medidas e legislações mais enérgicas no combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes”.

O deputado também criticou o conteúdo de nota divulgada pela embaixada iraniana no Brasil, que atribuiu o eventual abuso a diferenças culturais. Diz a nota: “Essa missão diplomática declara que a acusação levantada contra o diplomata iraniano é exclusivamente um mal-entendido decorrente das diferenças nos comportamentos culturais [entre iranianos e brasileiros]”.

Roberto de Lucena lembrou que, segundo a Convenção de Viena, diplomatas podem ser punidos no país onde atuam caso seu governo de origem retire sua imunidade diplomática ou podem ser expulsos do país. No caso de expulsão, o diplomata pode ser punido em seu país, dependendo da legislação local.

Da Redação/PT