Relações exteriores

Parlamentares vão discutir com Patriota situação de brasileiros no Paraguai

Cerca de 350 mil brasileiros vivem no Paraguai, a maioria é agricultor.

13/02/2012 - 08:29  

Integrantes da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul) e o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, avaliam, na quinta-feira (16), os problemas que estão sendo enfrentados por agricultores brasileiros que têm fazendas no Paraguai – os chamados brasiguaios. O horário e o local da reunião ainda não foram definidos.

Desde o fim de janeiro, os brasiguaios e os carperos, como são conhecidos os sem-terra paraguaios, estão em conflito na região de Santa Rosa del Monday, no Alto Paraná. Os sem-terra paraguaios argumentam que os brasileiros ocuparam irregularmente terras que seriam destinadas à reforma agrária. Os produtores brasileiros negam que as terras sejam irregulares.

Beto Oliveira
Dep. Roberto Freire (relator)
Para Roberto Freire, conflito alcançou situação extrema.

“O conflito entre brasileiros que residem no Paraguai e agricultores sem-terra paraguaios vem se arrastando há bastante tempo. A situação, hoje, alcançou um estágio extremo e merece atenção especial por parte das autoridades brasileiras”, disse o deputado Roberto Freire (PPS-SP). Freire é autor de um requerimento para discutir o assunto com Patriota. A vinda do ministro, no entanto, foi decidida por um acordo entre os parlamentares da representação brasileira no Parlasul.

O parlamentar ressaltou que o governo paraguaio está empenhado em atender às demandas locais de reforma agrária, ao mesmo tempo em que busca uma solução pacífica para a questão dos brasiguaios, "dentro da lei e com respeito à propriedade privada e a garantia à segurança dos colonos no Paraguai". A Justiça paraguaia determinou a retirada dos carperos que invadiram propriedades brasileiras.

Na semana passada, o presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), pediu a intervenção do governo brasileiro para solucionar o problema.

Da Redação/ND
Com informações da Agência Senado

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