Política e Administração Pública

Líderes do PSDB e do DEM também defendem CPI sobre Cachoeira

10/04/2012 - 16:54  

A oposição também defendeu nesta terça-feira a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os negócios do contraventor Carlos Cachoeira. Preso pela Operação Monte Carlo da Polícia Federal, Cachoeira é acusado de explorar jogos ilegais e de montar uma rede de tráfico de influência que inclui vários agentes públicos, especialmente no estado de Goiás.

Escutas revelaram que a rede de Cachoeira incluía o senador Demóstenes Torres (GO), que se desfiliou do DEM para evitar a expulsão do partido, deputados e até mesmo a chefe de gabinete do governador goiano, Marconi Perillo (PSDB). Ao defender a investigação pela CPI, o líder do PSDB, deputado Bruno Araújo (PE), disse que a divulgação das denúncias tem sido "seletiva" e reafirmou a inocência de Perillo.

"O PSDB entende que o governador de Goiás nao é investigado. O relatório que foi vazado não imputa qualquer fato ilicito ao governador. Defendemos a CPI exatamente para que se esclareçam as informações que vazam de forma seletiva, quando se sabe que a rede é abrangente", disse.

O líder tucano disse que o partido defende o início imediato das investigações, ainda que isso signifique o funcionamento de uma CPI apenas na Câmara. "Se eventualmente se perceber que as tratativas com o Senado podem levar tempo, preferimos que a Câmara comece o seu trabalho até que haja entendimento com os senadores", disse.

Comissão mista
Já o líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), defendeu a CPI Mista, mesmo que demore mais para a instalação. "O caminho mais racional é que seja mista, já que o Senado tem interesse em investigar. Isso significa a necessidade de um novo requerimento, mas em menos de 24 horas serão reunidas as assinaturas suficientes", disse. Para a instalação de uma CPMI, são necessárias assinaturas de 27 senadores e de 157 deputados.

Reportagem - Carol Siqueira
Edição - Newton Araújo

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