Política e Administração Pública

PPS cobra informação sobre denúncias de propina no Ministério do Trabalho

05/12/2011 - 19:26  

O PPS apresentou à Mesa Diretora da Câmara requerimento de informação (RIC 1450/11) no qual cobra do Executivo dados sobre as denúncias de cobrança de propina no Ministério do Trabalho.

O requerimento é baseado na última edição da revista Veja, que trata de um suposto esquema de propina na liberação de registro sindical. A denúncia partiu do mecânico Ismar Batista, que teria sido extorquido em R$ 1 milhão para registrar o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo. Em fevereiro, Ismar chegou a encaminhar um e-mail ao serviço de mensagens eletrônicas do governo federal para relatar a suposta extorsão feita por assessores do Ministério do Trabalho. Segundo a Veja, o Palácio do Planalto confirmou o recebimento do e-mail, mas alegou que o texto estava truncado.

Com o requerimento, o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), quer saber, entre outros pontos, o que o Executivo costuma fazer com as denúncias encaminhadas pela população. "O Palácio do Planalto veio com a desculpa fajuta, pelo menos até agora, de que o e-mail chegou truncado. Com isso, eles ficaram sentando em cima do problema.”

O requerimento do PPS também pede ao ministro-chefe da secretaria-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, um relatório de todas as denúncias recebidas via e-mail pelo Planalto em 2011, com a indicação das providências tomadas em cada caso. “Queremos saber do ministro e do governo o porquê de não ter havido resposta. Se o documento chegou truncado, por que o Palácio do Planalto não tomou as providências em relação a essa grave denúncia envolvendo o Ministério do Trabalho? Tratava-se de um pedido de R$ 1 milhão para liberar uma carta sindical. O mínimo que o Palácio do Planalto pode oferecer ao povo brasileiro é dizer o que aconteceu e que providências foram tomadas".

O requerimento ainda está em análise pela Mesa Diretora. O ministro terá 30 dias para respondê-lo, a contar do seu recebimento oficial.

Reportagem - José Carlos Oliveira
Edição – Regina Céli Assumpção

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