Política e Administração Pública

Ministro defende meia-entrada e proibição de bebidas alcoólicas na Copa

Decisão contraria interesses da Federação Internacional de Futebol (Fifa)

27/10/2011 - 18:51  

Gustavo Lima
Aldo Rebelo novo ministro do Esporte, concede entrevista
Aldo Rebelo: vou defender a Lei da Copa, enviada pelo Executivo. 

O novo ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, afirmou nesta quinta-feira que vai defender o projeto da Lei Geral da Copa (Projeto de Lei 2330/11), enviado ao Congresso pelo Executivo. O texto não altera as legislações federais e estaduais anteriores que prevêem proibição de bebidas alcoólicas nos estádios e obrigam a venda de ingressos com meia-entrada para estudantes e idosos.

“Minha posição pessoal sempre foi a favor da meia-entrada, eu fui presidente da UNE na juventude e minhas convicções não mudaram a respeito deste tema. Este é um direito que consta na legislação brasileira. Eu vou defender a posição do governo, manifestada no projeto enviado ao Congresso”, contou Rebelo.

O ministro também falou sobre a venda de bebidas alcoólicas nos estádios. “Não estou aqui para discutir as posições da Fifa. Eu defendo todos os preceitos contidos na Lei Geral da Copa”, afirmou. Aldo Rebelo presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da CBF/Nike, que investigou ligações entre a entidade e a fornecedora de material esportivo.

Legislação federal
Hoje, há leis estaduais e municipais sobre a meia-entrada. A reivindicação de vários setores é que a legislação sobre o assunto seja federal. No Congresso, tramitam duas propostas sobre o assunto. Uma delas é o Estatuto da Juventude  (Projeto de Lei 4529/04), aprovado no início do mês pelos deputados e que está atualmente no Senado. A outra é o Projeto de Lei 4571/08, do Senado, que regulamenta a meia-entrada em diversos casos. Essa proposta, já aprovada pelo Senado, está atualmente na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara.

O Estatuto do Torcedor (Lei 10.671/03) proíbe a venda de bebidas alcoólicas em estádios de futebol durante as partidas. O Projeto da Lei Geral da Copa também não altera esta proibição.

Da redação/MW

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