Política e Administração Pública

Para líderes, levantamento vai ao encontro de propostas dos partidos

17/08/2011 - 09:21  

A opinião dos usuários do serviço 0800 da Câmara, avaliada na pesquisa, repercutiu entre os líderes partidários. O líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP), disse, por exemplo, que o levantamento vem ao encontro de pontos defendidos pelo partido – que não apoia o financiamento público de campanha nem o voto em lista fechada e quer o fim das coligações partidárias.

Segundo Nogueira, será difícil aprovar uma reforma ideal e completa por conta das divergências dentro dos próprios partidos, inclusive. Ele considera a aprovação do fim das coligações um bom avanço. "Um passo importante que nós poderíamos dar para evitar essa história de o eleitor votar em um e eleger outro é nós fazermos a proibição das alianças proporcionais. Quer dizer, cada partido não pode mais coligar com outro para eleger deputados, vereadores."

O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), afirmou que vai apresentar à bancada um esboço sobre as tendências da Câmara, segundo ele, confirmadas pela pesquisa do serviço 0800. De acordo com o líder, o PMDB vai sugerir um sistema com financiamento público e privado, além do “distritão”. Para Alves, “não é o ideal, é um sistema híbrido, mas neste momento é o que avança mais”.

O líder do PT, deputado Paulo Teixeira (SP), lembrou que o relator da reforma política, Henrique Fontana (PT-RS), vai propor o voto em lista flexível, em que o eleitor vota duas vezes: no partido e no candidato. Quanto ao financiamento das campanhas, Teixeira quer ampliar a discussão. Segundo o líder, o financiamento público pode substituir práticas antigas na política brasileira.

“Principalmente o uso do poder econômico nas eleições. E quando dá dinheiro, depois quer algo em troca. E também os preços de seus produtos, quando é o caso de indústria ou das empreiteiras, embutem em seus serviços o custo do financiamento de campanha. Então, isso precisamos discutir melhor com a sociedade”, declarou Teixeira.

Para o líder do PT, o financiamento público também pode ajudar a mudar o perfil do Congresso, uma vez que muitas pessoas até gostariam de se candidatar, mas não têm dinheiro para investir na campanha.

Reportagem - Idhelene Macedo / Rádio Câmara
Edição - Ralph Machado

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