Política e Administração Pública

Relator: é "praticamente impossível" ser contra apuração do caso Bolsonaro

15/06/2011 - 15:34  

O relator do processo contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, deputado Sérgio Brito (PSC-BA), afirmou que é "praticamente impossível" que ele considere inapta a representação de um partido.

Seguindo as novas regras do Código de Ética, Brito deverá apresentar um parecer prévio sobre a adminissibilidade do processo. Só depois de o conselho considerar o caso apto a ser investigado, será aberto prazo para defesa e para a elaboração do relatório final.

Na reunião de hoje, o Conselho de Ética também deu posse a novos integrantes. De acordo com o novo Código de Ética, o número de deputados que integram o colegiado aumentou de 15 para 21.

Acusação
Bolsonaro é acusado pelo Psol de quebrar o decoro parlamentar durante discussão com a senadora Marinor Brito (Psol-PA) no dia 12 de maio, quando que se debatia, na Comissão de Direitos Humanos do Senado, o projeto que criminaliza a homofobia (PL 122/06). Bolsonaro teria ofendido a senadora.

A representação também acusa o deputado de racismo, devido a uma declaração dada no programa CQC, da TV Bandeirantes. Quando questionado sobre o que faria se um filho seu namorasse uma negra, Bolsonaro disse que não discutiria “promiscuidade”. Esse caso motivou outra denúncia à Corregedoria da Câmara.

O deputado alega que, no programa, confundiu a palavra negra com gay. Sobre Marinor Brito, Bolsonaro disse que está “se lixando” para as queixas da senadora. Segundo ele, na discussão, Marinor o teria chamado de "homofóbico, corrupto e assassino".

Reportagem - Carol Siqueira
Edição - Daniella Cronemberger

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