Marco Maia ganha apoio de mais 11 partidos e soma 21 legendas aliadas
De todos os partidos com representação na Câmara, o candidato só não acertou o apoio do Psol, que vai definir posição na próxima segunda-feira.
26/01/2011 - 19:43
A candidatura do deputado Marco Maia (PT-RS) à Presidência da Câmara ganhou, nesta quarta-feira, o apoio oficial de 11 partidos: PMN, PTB, PSC, PV, PRB, PHS, PRTB, PTC, PSL, PTdoB e PRP. Outras 10 legendas já tinham declarado apoio ao candidato, que agora tem a seu favor 21 dos 22 partidos com representação na Câmara. Apenas o Psol ainda não anunciou o apoio a qualquer candidato, mas Marco Maia disse que vai conversar com a Executiva do partido em busca desse último aliado. O Psol realiza reunião na próxima segunda-feira (31) para definir a posição da legenda.
Maia minimizou o impacto da candidatura avulsa do deputado Sandro Mabel (PR-GO) sobre a sua campanha. Segundo o petista, candidaturas avulsas são legítimas e regimentais. Ele pediu, no entanto, que deputados respeitem, em seus votos, o princípio da proporcionalidade partidária, segundo o qual os cargos da Mesa DiretoraA Mesa Diretora é a responsável pela direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos da Câmara. Ela é composta pelo presidente da Casa, por dois vice-presidentes e por quatro secretários, além dos suplentes de secretários. Cada secretário tem atribuições específicas, como administrar o pessoal da Câmara (1º secretário), providenciar passaportes diplomáticos para os deputados (2º), controlar o fornecimento de passagens aéreas (3º) e administrar os imóveis funcionais (4º). são divididos de acordo com o tamanho das bancadas. “A proporcionalidade na divisão dos cargos é a afirmação do processo de valorização do Congresso Nacional e a materialização do resultado dos partidos nas urnas”, argumentou.
Propostas
Durante as reuniões que teve com as lideranças ao longo do dia, Marco Maia disse que, se eleito, vai valorizar o trabalho dos deputados, priorizando a votação de projetos de autoria de parlamentares. “Não é correto que um deputado fique quatro, oito ou 12 anos aqui sem que tenha um só projeto votado.”
O combate à pobreza e as reformas tributária e política serão, segundo o candidato, os temas mais relevantes da agenda legislativa dos próximos anos, além de outros projetos que possam fazer parte de uma “agenda positiva” do Congresso. “Podemos construir acordos e consensos que promovam o avanço desses grandes temas”, avaliou.
Espaço
Além disso, Maia disse que vai encomendar um estudo sobre a ocupação dos espaços físicos da Casa, em função da reivindicação dos partidos menores por gabinetes maiores. Segundo ele, há uma “disputa fratricida” por salas e é necessário otimizar os espaços existentes.
Maia não se comprometeu, no entanto, com a construção de um novo anexo, que acomodaria novos gabinetes e órgãos administrativos. Segundo ele, o projeto da licitação do novo prédio está em andamento, mas a definição sobre a execução da obra deve ser feita em um outro momento, fora do contexto eleitoral. “É uma questão administrativa da Casa que será discutida no devido tempo com os líderes e com os parlamentares sobre a conveniência de se realizar ou não um projeto desta magnitude”, disse Maia.
Reportagem – Carol Siqueira/SR