Aeronáutica defende projeto sobre prevenção de acidentes

17/07/2008 - 13:00  

O chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro do ar Jorge Kersul Filho, defendeu a aprovação, pela Câmara, do Projeto de Lei 2453/07, da CPI da Crise Aérea, que muda regras do Sistema de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. Kersul disse que esse projeto é importante porque define competências e responsabilidades no sistema.

O chefe do Cenipa participa neste momento de audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) para discutir o setor aéreo.

Kersul informou que o relatório sobre o acidente com o avião da Gol está em fase de tradução para ser enviado a entidades estrangeiras, que terão 60 dias para devolvê-lo com suas observações. Já o relatório da TAM está em fase de redação das conclusões e, depois, também será traduzido e enviado para o exterior. Kersul não especificou que entidades receberão o relatório fora do País.

O chefe do Cenipa adiantou que, com relação às manetes do avião acidentado da TAM, foram feitas várias análises e não foi possível concluir se elas estavam na posição correta.

Ele reafirmou que as investigações do Sistema de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer) têm como objetivo evitar novos acidentes e não buscar culpados pelos acidentes com o avião da Gol, em 2006, e o da TAM, no ano passado. Kersul disse que os relatórios do Cenipa sobre os dois acidentes ainda não foram concluídos e, posteriormente, só poderão ser divulgados após aprovação do comandante da Aeronáutica.

Controladores de vôo
Jorge Kersul Filho, que também integra o Comando da Aeronáutica, disse que várias providências foram tomadas para resolver a crise com os controladores de vôo, entre elas a contratação de 600 novos profissionais.

Kersul afirmou também que haverá exigência de melhoria no nível de inglês desses profissionais. Segundo ele, os controladores que hoje têm nível 3 de inglês deverão ter nível 4 em 2011. Kersul ressaltou, no entanto, que as chances de haver um acidente por causa de desconhecimento da língua inglesa é de apenas 0,002%.

A audiência da CCJ prossegue no plenário 1.

Reportagem - Paula Bittar/Rádio Câmara
Edição - Pierre Triboli

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