Meio ambiente e energia

Presidente da Câmara faz balanço positivo da Rio+20

Marco Maia diz que o Parlamento se encarregará de fiscalizar o cumprimento das metas definidas na conferência sobre desenvolvimento sustentável.

20/06/2012 - 17:19  

Rafael Wallace
Marco Maia na Rio+20
Maia: o documento não agrada a todos, mas foi o possível neste momento de crise econômica .

O presidente da Câmara, Marco Maia, considerou positivos os resultados da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Segundo ele, caberá agora aos parlamentos do Brasil e de todo o mundo fiscalizar as ações dos governos para que as deliberações sejam efetivamente colocadas em prática. “Para isso, vamos atuar de forma conjunta, trocando articulações e informações”, disse o presidente, em entrevista coletiva no Rio de Janeiro.

Marco Maia afirmou estar contente com a participação do Brasil na elaboração do documento final da Rio+20. “É um documento que não agrada a todos, mas representa o que foi possível construir neste momento de crise econômica e financeira mundial que traz ainda preocupações e instabilidade”, avaliou.

De acordo com o presidente, o resultado da Rio+20 foi positivo porque serão estabelecidas metas para os próximos anos no sentido de proteger o meio ambiente e estabelecer um desenvolvimento sustentável da economia mundial.

Segundo ele, haverá reflexos da Rio+20 nos projetos que a Câmara irá aprovar sobre o tema ambiental e também na agenda de fiscalização do governo. “Vamos estar atentos no acompanhamento e na fiscalização das ações planejadas na Rio+20. É um compromisso assumido por mais de 80 parlamentos. Queremos fiscalizar orçamentos, ações de investimento e as ações voltadas para o crescimento sustentável e para o desenvolvimento de políticas de proteção do meio ambiente”, completou.

Campanha de São Paulo
Marco Maia foi questionado pelos repórteres sobre a campanha pela prefeitura de São Paulo, onde a aliança do seu partido, o PT, com o PP do deputado Paulo Maluf tem sido alvo de críticas. “São Paulo tem uma realidade específica, com dificuldades peculiares. O PP não é problema para nós do PT, pois está na base de sustentação da presidente Dilma Rousseff e está dentro da política de alianças do Partido dos Trabalhadores para o Brasil”, disse Maia.

Ele lembrou que em sua cidade, Canoas (RS), o PT tem uma aliança com o PP. “O PP tem a vice na nossa chapa, nós já administramos a cidade há quatro anos. Então, não há problemas, na nossa avaliação, em nenhum tipo de aliança com o PP”, destacou.

De acordo com Maia, a direção do PT de São Paulo deve avaliar a aliança com profundidade “e tomar a melhor medida para garantir a vitória de Haddad” [o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, candidato do PT à prefeitura].

Saída de Erundina
Marco Maia lamentou a saída da deputada Luiza Erundina (PSB) da chapa do PT em São Paulo (ela desistiu de ser a vice de Haddad ao saber que Maluf faria parte da aliança): “É óbvio que é lamentável, pois Erundina é uma deputada séria e comprometida com as questões sociais, dialoga e muito com o projeto do PT, tem uma base eleitoral fantástica.”

Segundo ele, Erundina deveria reavaliar a decisão de sair da chapa: “Eu sempre digo: é preferível fazer alianças em cima de um projeto que permita ganhar a eleição para administrar bem para o povo a se afastar dessa possibilidade de ganhar e não poder transformar a cidade de São Paulo.”

De acordo com o presidente, “o que está colocado para nós neste momento é a possibilidade de uma transformação radical na estrutura, na lógica de funcionamento da cidade de São Paulo, e para isso o PT precisa fazer as alianças necessárias”. Ele disse que “o PSB e a deputada Luiza Erundina precisam estar juntos conosco neste projeto.”

Reportagem – Paula Bittar e Daniel Zukko, enviados especiais à Rio+20
Edição – João Pitella Junior

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