Educação, cultura e esportes

Marco Maia: acordos para a Copa precisam ser cumpridos

Presidente diz que a Câmara está engajada para contribuir com a realização do evento no Brasil. Votação da Lei Geral da Copa pode acontecer na próxima semana.

16/03/2012 - 18:44  

J.Batista
Presidente da Câmara, Marco Maia, Joseph Blatter, presidente da Fifa e Pelé
Marco Maia, Blatter e Pelé participaram do almoço na residência oficial.

O presidente da Câmara, Marco Maia, disse nesta sexta-feira (16) que o Parlamento está engajado em dar todas as condições para a Copa do Mundo de 2014 ser realizada da melhor forma no Brasil. Segundo ele, os acordos que garantiram a execução da Copa no País precisam ser cumpridos “na sua plenitude e integralidade”, pois “isso dá a certeza e a garantia de que faremos a mais extraordinária das Copas”.

Maia recebeu para almoço na sua residência oficial o presidente da Federação Internacional das Associações de Futebol (Fifa), Joseph Blatter, e o ex-jogador Pelé; além do ministro dos Esportes, Aldo Rebelo; do líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP); do relator da proposta de Lei Geral da Copa (PL 2330/11), deputado Vicente Candido (PT-SP); e do presidente da Comissão de Turismo e Desporto, deputado José Rocha (PR-BA).

“A Fifa pode levar do Parlamento brasileiro o compromisso de estar engajado e contribuindo para a realização da Copa. Esse evento exige dos agentes públicos e privados muito empenho, trabalho conjunto e firmeza para garantir que todas as condições políticas, materiais e humanas estejam colocadas à disposição”, ressaltou Maia.

Bebidas
Na entrevista coletiva após o almoço, Maia e Chinaglia foram cautelosos quanto ao ponto mais polêmico do PL 2330/11: a liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa.

“Teremos o debate na próxima semana no Plenário. A intenção é de que não só esse tema [as bebidas], mas todos que fazem parte do acordo do governo brasileiro com a Fifa sejam levados em consideração no debate. Fiz questão de ressaltar a Blatter que o Parlamento representa todos os brasileiros e trata de todos os temas com muita profundidade”, explicou Maia.

O presidente da Câmara disse querer que “a aprovação da Lei se dê num ambiente de cumprimento dos acordos e de fortalecimento das relações com a Fifa”, e que “seja um elemento congregador”.

Chinaglia, por sua vez, ressaltou que “as posições do Brasil estão acima das posições pessoais”, ao ser lembrado por uma jornalista de que já havia expressado opinião contrária à venda de bebidas.

“O governo brasileiro assinou um acordo com a Fifa, e o Brasil cumpriu mandando na sua proposta inicial [o texto original do PL 2330/11, do Executivo] aquilo que contempla os acordos”, observou Chinaglia. “Vou trabalhar enfaticamente para aglutinar as posições dos partidos da base aliada. Em princípio, acredito que conseguiremos votar o projeto da Lei Geral da Copa na próxima semana, e repetirei reuniões com os líderes, com o presidente Marco Maia e com o relator para criar as condições de votá-lo e aprová-lo”, acrescentou.

Garantias
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, se disse feliz depois dos encontros em Brasília com a presidente Dilma Rousseff e com os representantes da Câmara dos Deputados. “As garantias que nos foram dadas por Marco Maia são muito importantes na organização da Copa. Agradeço e desejo decisões sábias ao Congresso, para garantir uma Copa extraordinária. Será a Copa do povo brasileiro, e não só da Fifa”, avaliou.

Blatter não quis comentar os atrasos nas obras para a Copa, e também não respondeu se seria possível realizá-la sem a venda de bebidas alcoólicas nos estádios. Segundo ele, o importante é que o Brasil e a Fifa estão trabalhando em harmonia.

Da Redação/JPJ
Com informações da Rádio Câmara e da TV Câmara

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.


Íntegra da proposta