Educação, cultura e esportes

Meta paraolímpica é chegar ao 5º lugar em 2016, diz presidente de comitê

Para alcançar essas metas o comitê está investindo na capacitação de profissionais.

11/05/2010 - 21:35  

Leonardo Prado
Andrew Parsons (E) defendeu mais incentivos para o atleta portador de deficiência.

A meta do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) é passar do 9º lugar alcançado pelo Brasil nos Jogos Paraolímpicos de Pequim, em 2008, para o 7º nos jogos de 2012, em Londres, e chegar ao 5º lugar nos jogos de 2016, no Rio de Janeiro. A informação é do presidente do CPB, Andrew Parsons, que participou do seminário "A Educação Física Escolar Especial, a Inclusiva e as Paraolimpíadas", promovido pela Comissão de Turismo e Desporto nesta terça-feira (11).

Para alcançar essas metas, o CPB está investindo em conhecimento e na capacitação de profissionais. Em parceria com a Universidade Federal de Uberlândia, foi inaugurada a Academia Paraolímpica Brasileira, instituição que, segundo Parsons, vai trabalhar em três pilares: capacitação dos profissionais do esporte paraolímpico; publicação científica e relação institucional com a academia científica.

Andrew Parsons ponderou que, para chegar ao 5º lugar em 2016, é necessário mais investimento no esporte paraolímpico, especialmente dos estados e municípios. Se todas as unidades federativas investissem no incentivo ao atleta portador de necessidade especial, atingir as metas para 2012 e 2016 seria muito mais fácil, avaliou.

Diploma
Durante o seminário, os debatedores criticaram o projeto de alteração da Lei Pelé, em tramitação no Senado, e pediram que os deputados intervenham junto aos senadores para derrubar o artigo do PLC 9/10 que permite a ex-atletas profissionais com três anos consecutivos de prática ou cinco anos alternados o exercício de monitoria em educação física, sem a necessidade de diploma de graduação.

"Esse artigo prejudica o direito da sociedade de ser atendida com qualidade por um profissional habilitado", disse Jorge Steinhilber, presidente do Conselho Federal de Educação Física. Segundo ele, a proposta permitiria que um atleta de 10 anos de idade pudesse, aos 13 anos, exercer o ensino de educação física.

O deputado Eugênio Rabelo (PP-CE) disse no encontro que vai agendar uma reunião com os senadores para tentar viabilizar a retirada dessa parte do texto.

Um documento elaborado pelos participantes do seminário e entregue à presidente da Comissão de Turismo e Desporto, deputada Raquel Teixeira (PMDB-GO), lista dez propostas para diretrizes de políticas de educação física especial. Eles solicitam, entre outros pontos, que o ensino de educação física seja privativo do profissional da área; a obrigatoriedade da oferta da disciplina em todas as séries, em todos os níveis de ensino; a extensão dos programas de educação física voltados para crianças de zero a três anos; e o atendimento complementar obrigatório para os alunos portadores de necessidades especiais.

Reportagem - Carol Siqueira
Edição - Rosalva Nunes

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