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MEC incentiva formação de mestres e doutores na Amazônia, diz diretor

02/08/2011 - 16:57  

O diretor de avaliação do ensino superior do Ministério da Educação (MEC), Paulo Wollinger, disse há pouco que a pasta incentiva a criação de programas de mestrado e doutorado nas universidades da região amazônica para formar professores localmente. "Alunos egressos da graduação poderão continuar na instituição, lecionando”, ressaltou. A declaração foi feita em audiência pública da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional para discutir a situação das faculdades da Amazônia Legal em relação ao Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

Wollinger também sugeriu a implantação de um polo de educação a distancia. Ele considera o número de estudantes nessa modalidade ainda pequeno. "Essa seria uma grande alternativa para a Amazônia, mas temos de vencer o preconceito com esse tipo de ensino", afirmou, lembrando que há atualmente 800 mil alunos matriculados em cursos de pós-graduação a distancia em todo Brasil.

O presidente da Associação Brasileira das Mantenedoras das Faculdades Isoladas Integradas (Abrafi), Jorge Jesus Bernardo, reafirmou a necessidade de regras diferenciadas para as universidades da região quanto à formação de professores.

O deputado Taumaturgo Lima (PT-AC) sugeriu a criação de um programa de bolsas semelhante ao Prouni que permitisse a formação de mestres e doutores em universidades privadas.

Medicina
Por sua vez, o deputado Padre Ton (PT-RO), que idealizou o debate, lembrou que foi procurado por universidades privadas de seu estado que correm o risco de fechar por não cumprirem as exigências do MEC, principalmente cursos de medicina. "Acredito que cerca de 5 mil jovens da região estão indo estudar medicina na Bolívia", lamentou.

Wollinger afirmou que a existência de cursos de medicina não garante a ida de médicos para a região. "O que fixa os profissionais no local são os programas de residência, por isso o ministério decidiu associar a criação de novas vagas na graduação à criação de vagas em programas de residência", explicou.

A audiência já foi encerrada no Plenário 15.

Reportagem – Geórgia Moraes/Rádio Câmara
Edição – Marcelo Oliveira

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