Economia

Caixa não se interessa pela fiscalização de bingos

Gerente da Caixa diz que legalização dos bingos pode provocar queda na arrecadação das loterias.

30/03/2010 - 11:53  

O gerente de padrões e planejamento da Gerência Nacional de Canais Físicos e Parceiros da Caixa Econômica Federal, Admilson Esashika, afirmou que a Caixa não quer ser responsável pela fiscalização dos jogos de bingos, videobingos e caça-níqueis, caso eles sejam liberados no País. Segundo ele, esse tipo de atividade é diferente das loterias, que a Caixa explora diretamente.

Esashika também afirmou que os valores destinados aos órgãos fiscalizadores pela proposta em tramitação na Câmara sobre o tema (PL 270/03, 2254/07 e outros) são insuficientes. “Não há possibilidade de se realizar fiscalização efetiva com esses recursos”, argumentou.

O representante da Caixa também disse que a liberação dos jogos de azar pode provocar queda na arrecadação das loterias federais. Segundo ele, a Caixa repassou, em 2009, R$ 4 bilhões para programas sociais do governo. “Esse repasse ficará comprometido se nos defrontarmos com a competição desleal das casas de bingo, se forem liberadas na forma como determina a proposta em tramitação nesta Casa”, argumentou.

Admilson Esashika participa de comissão geralA sessão plenária da Câmara pode ser transformada em comissão geral para debater assunto relevante, projeto de iniciativa popular ou para ouvir ministro de Estado. A diferença entre os debates ocorridos durante a votação de matérias e a comissão geral é que, nessas ocasiões, além dos deputados, são convidados a falar representantes da sociedade relacionados ao tema debatido. sobre o tema, que ocorre neste momento no plenário da Câmara.

Tecnologias
Já o diretor de engenharia e serviços para clientes da Gaming Laboratories International, Ian Hughes, é favorável à legalização dos bingos, videobingos e caça-níqueis. Segundo ele, há tecnologias disponíveis suficientes para garantir a regulamentação dessas atividades.

Hughes afirmou que a Gaming Laboratories International já trabalha em diversos países com sistemas avançados e confiáveis de gestão de jogos. “É possível hoje realizar controle de lavagem de dinheiro, da arrecadação fiscal, das atividades dos jogadores e de muitos outros aspectos fiscalizatórios necessários”, afirmou.

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Reportagem – Carolina Pompeu
Edição – Wilson Silveira

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