Direitos Humanos

Câmara promove hoje videochat sobre o projeto da Lei da Palmada

Projeto estabelece o direito de crianças e adolescentes serem educados sem o uso de castigos físicos e foi aprovado por comissão especial no final de 2011. No entanto, diversos deputados argumentam que o texto interfere em direitos individuais e, por isso, deve ser votado pelo Plenário da Câmara.

13/08/2013 - 08:45   •   Atualizado em 13/08/2013 - 10:35

Reprodução Tv Câmara
Dep. Marcos Rogério (PDT-RO)
Marcos Rogério: proposta interfere em direitos individuais e, por isso, deve ser votada pelo Plenário.

A Coordenação de Participação Popular da Câmara promove, nesta manhã, videochat pela internet com os deputados Luiz Couto (PT-PB) e Marcos Rogério (PDT-RO) sobre o projeto (PL 7672/10) da Lei da Palmada.

Os cidadãos poderão participar das 11 horas ao meio-dia, por meio do link que estará disponível no horário do bate-papo no portal Câmara Notícias.

A proposta, que estabelece o direito de crianças e adolescentes serem educados sem o uso de castigos físicos, foi aprovada, em caráter conclusivo, por comissão especial, em dezembro de 2011. Mas diversos deputados divergem sobre a continuidade da tramitação.

Proposta polêmica
O projeto deveria ter sido encaminhado para análise do Senado, mas, até hoje, a redação final da proposta não foi aprovada devido a recursos apresentados por diversos deputados, que querem que ela seja votada pelo Plenário da Câmara.

Arquivo/ Alexandra Martins
Luiz Couto
Luiz Couto: não podemos ficar impedindo que o projeto vá para discussão.

Nas últimas semanas, o projeto vem sendo alvo de polêmicas em diversas reuniões da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), o que tem impedido inclusive a votação de outras propostas na comissão.

Um dos deputados que querem que o projeto seja votado pelo Plenário é Marcos Rogério. Ele argumenta que a proposta interfere em direitos individuais e, por isso, deve ser votada pelo conjunto dos 513 deputados.

Ele entrou, inclusive, com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal contra a Mesa Diretora da Câmara, que determinou a tramitação conclusiva da matéria.

Na última reunião da CCJ, Luiz Couto lamentou a demora em aprovar a redação final. "Não podemos ficar aqui a cada momento impedindo que o projeto vá para discussão. Não tem o que fazer, além de votar e o projeto ir para o Senado, que pode inclusive modificar a proposta e ela voltar para a Câmara", declarou Couto.

Participação popular
De 1º de julho deste ano até ontem, a Central de Comunicação Interativa da Coordenação de Participação Popular recebeu 618 manifestações sobre o projeto, por meio do Disque-Câmara (0800-619619) ou por e-mail, utilizando o serviço Fale Conosco do portal na internet. E 93,9% (580) se disseram contrários à proposta. Apenas 6,1% (38) se manifestaram a favor.

Outros debates
Os mais recentes videochats realizados pela Coordenação de Participação Popular da Câmara foram sobre o período de internação de jovens infratores (medida socioeducativa mais severa) e sobre uma proposta de alteração constitucional que restringia o poder de investigação do Ministério Público.

Da Redação/ND

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Íntegra da proposta