Críticas ao PNDH não representam a população, diz ativista
04/02/2010 - 11:33
A coordenadora do Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos, Andrezza Caldas, disse que as críticas feitas ao 3º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH) não representam a maioria da população brasileira. Segundo ela, as reações contra algumas diretrizes do plano são fruto da ação do “Brasil colonial”, que incluiria as Forças Armadas, o clero e os proprietários de terra.
Dentre os temas que estariam sob maior influência desse segmento “colonial” da sociedade, a coordenadora citou o debate relativo à descriminalização do aborto e à presença de símbolos religiosos em espaços públicos.
“O debate sobre o aborto deve ser protagonizado pelas pessoas que sofreram na pele, como uma questão de saúde pública, não religiosa. Já sobre os símbolos religiosos, é preciso que todas as religiões sejam ouvidas, não apenas a católica”, cobrou Andrezza Caldas.
As declarações foram feitas na audiência pública sobre o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, realizada neste momento pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. A audiência ocorre no plenário 10.
Reportagem – Rodrigo Bittar
Edição – Pierre Triboli