Política e Administração Pública

Médicos criticam MP que reajusta salários de servidores

05/06/2012 - 16:26  

Representantes de servidores públicos ligados à área da saúde criticaram há pouco a Medida Provisória 568/12, que aumenta os salários de 669,5 mil servidores federais a partir de 1º de julho. A MP também altera a carga horária dos médicos que trabalham em hospitais públicos federais de 20 para 40 horas semanais – segundo a categoria, isso representaria na prática diminuição do salário em 50%.

"Com essa MP, estão querendo atingir a administração direta e os servidores regidos pelo regime jurídico único da União. Essa MP tem que cair", declarou o segundo vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Aloísio Tibiriçá Miranda, em audiência pública para discutir a MP. Segundo ele, com essa proposta, o Estado está dando um “atestado de incompetência na administração da saúde”.

O presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social, Geilson de Oliveira, criticou o fato de os servidores terem virado “a grande chaga” do Brasil. "A MP deixou toda categoria médica de cabelo em pé. Em nome desse superavit, recursos são reduzidos. Muito arrocho salarial em cima do servidor público", disse.

Representante da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o médico Amancio Paulino disse que as modificações propostas para a categoria foram feitas na surdina. "Nenhuma entidade médica foi ouvida", criticou.

Sobre o argumento de que o texto corrige distorção da carreira medica, ele afirmou que a carga horária é regulada por lei desde os anos 1970. "É simplesmente uma tentativa de retirar nossos direitos", disse. Ele fez um apelo aos deputados para que rejeitem a MP.

A audiência pública ocorre no auditório Nereu Ramos, na Câmara.

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Reportagem - Geórgia Moraes/Rádio Câmara
Edição - Daniella Cronemberger

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