Veja detalhes sobre as convocações e quebras de sigilo

01/12/2005 - 22:03  

Na reunião desta quinta-feira da CPMI dos Correios, foram aprovadas as convocações de quatro gerentes-executivos do Banco do Brasil: Claudio Vasconcelos, Fernando Barbosa, Douglas Macedo e Léo Batista dos Santos. Todos estiveram envolvidos em contratos sob suspeita da CPMI. Os parlamentares também decidiram chamar novamente o ex-presidente do Banco Popular do Brasil Ivan Guimarães; o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato; e o ex-diretor da BB Veículos Antonio Carlos Brito.
A CPMI também vai convocar Roberto Marques, assessor do ex-deputado José Dirceu e um dos possíveis sacadores das contas de Marcos Valério. Dos Correios, serão chamados a diretora jurídica, Maria de Fátima Moraes Selene; o diretor comercial, José Otaviano Pereira; e o ex-presidente da Comissão de Licitação Adauto Dameirão Machado.

Bancos e Valério
O diretor de Operações Internacionais do Banco Rural, José Roberto Salgado; o diretor da D+ Brasil (agência de publicidade que atendia ao Banco do Brasil), Mauro Motoryn; e o contador das empresas de Marcos Valério, Marco Aurélio Prata, também deverão depor. Prata é irmão do ex-policial Marco Túlio Prata, chamado de Pratinha. Na casa de Pratinha, a polícia apreendeu cerca de 5 mil notas fiscais da DNA Propaganda, agência de que Valério era sócio. Parte do material apreendido tinha sido queimada.

Fundos de pensão
Os parlamentares aprovaram 24 requerimentos do deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) para a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico de 13 fundos de pensão, seis empresas que operam no mercado financeiro e cinco pessoas físicas.
Todos os pedidos já haviam sido aprovados anteriormente pela CPMI. No entanto, o deputado decidiu reapresentá-los com uma melhor fundamentação para evitar questionamentos na Justiça. O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu liminares impedindo a quebra de sigilo do fundo de pensão da Cedae (companhia estadual de água do Rio) e das corretoras de valores Euro, Quantia e Quality, que atuavam junto aos fundos de pensão investigados pelas CPMI. Todos eles tiveram o sigilo quebrado novamente. Tentam ainda impedir na Justiça a quebra de sigilo pela CPMI a empresa Royster Serviços, o economista e empresário Lúcio Bolonha Funaro e o corretor de valores Renato Luciano Galli.
Tiveram sigilo quebrado novamente hoje a Funcef (Caixa Econômica Federal), Petros (Petrobras), Geap (Fundação de Seguridade Social), Real Grandeza (Furnas), Centros (Banco Central), Serpros (Serpro), Postalis (Correios), Portus (da antiga Portobrás), Previ (Banco do Brasil), Sistel (trabalhadores em telecomunicações), Nucleos (Eletronuclear), Refer (ferroviários) e Prece (Cedae).

Empresas
Também foram aprovados pedidos para quebra de sigilo das empresas Euro, Royster Serviços, Laeta, Novinvest, Quantia e Quality e de José Osvaldo Morales, Cezar Fassoun, Renato Luciano Galli, José Roberto Funaro e Lúcio Bolonha Funaro.

Reportagem - Marcello Larcher
Edição - Regina Céli Assumpção

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