Cultura, Esporte e Meio Ambiente destacam ações para a juventude
16/09/2009 - 20:11
Representantes de três ministérios – Cultura, Esporte e Meio Ambiente – apresentaram aos deputados, nesta quarta-feira, as ações das pastas voltadas para a juventude. As representantes do governo participaram de audiência pública da comissão especial que analisa o Estatuto da Juventude, previsto no Projeto de Lei 4529/04, da Comissão Especial de Políticas Públicas para a Juventude.
Segundo a coordenadora-geral de Mobilização e Articulação em Redes da Secretaria da Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, Juana Nunes Pereira, atualmente o ministério conta com três áreas de atuação voltadas à juventude - Agente Cultura Viva, Agente Escola Viva e Nós na Tela. No primeiro, retomado este ano, o governo oferece 300 bolsas no valor de R$ 380 para jovens que atuam nos Pontos de Cultura, do Programa Mais Cultura.
Já o Agente Escola Viva, como explicou a coordenadora, premia 100 projetos escolares que propiciem a integração entre a escola e a cultura. "Os estudantes passam a ser agentes, com participação mais ativa no trabalho de pensar qual o papel da cultura na realidade da escola pública, de forma a transformar as relações dentro do sistema educacional", explicou Juana.
Quanto ao Nós na Tela, trata-se de um programa de estímulo à produção audiovisual de jovens entre 17 e 29 anos das classes C, D e E que atuem em suas comunidades. Este ano, serão selecionados projetos voltado ao semiárido - nos nove estados do Nordeste, em Minas Gerais e no Espírito Santo - que irão receber bolsas de até 30 salários mínimos.
Mais Cultura
Na audiência pública, a representante do Ministério da Cultura afirmou ainda que, embora não seja voltado exclusivamente à juventude, o Programa Cultura Viva, segundo ela, o "carro-chefe" do ministério, atende em sua maioria a essa população. De acordo com a coordenadora, 70% dos 1.900 Pontos de Cultura existentes no País são geridos por jovens.
As propostas para a instalação de pontos de cultura são escolhidas por edital. Cada projeto escolhido recebe apoio financeiro de R$ 180 mil, em três parcelas, por três anos. A partir daí, "cada um desenvolve as atividades como quiser, a partir de sua realidade. É uma nova forma de relação entre Estado e sociedade em que o Estado apenas reconhece o que já é feito e pensado", acrescentou Juana.
Esporte
Já a assessora de Políticas para a Juventude do Ministério do Esporte, Danielle Fermiano Gruneich, ressaltou que a partir do ano que vem, o órgão pretende ampliar as políticas esportivas voltadas à juventude.
De acordo com ela, foi feito um acordo com o Ministério da Educação para que todas as escolas integrantes do programa Mais Educação, de enisno integral, tenham também o Segundo Tempo. O planejamento é que já no ano que vem sejam atendidas 5 mil escolas.
Danielle explicou ainda que o Segundo Tempo, voltado prioritariamente ao público infantil, será adaptado para integrar centros de formação tecnológica e universidades.
O esporte estudantil, segundo a assessora, representa a prioridade para o ministério. "Hoje, cerca de 50 mil escolas concentram mais de 80% dos alunos da rede pública, e, destas, mais de 50% não têm equipamento esportivo", ressaltou.
Meio Ambiente
Meio Ambiente
A representante da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Adriane Cristine Goldoni, explicou que está em construção o Programa Juventude e Meio Ambiente.
De acordo ela, trata-se da institucionalização de uma série de atividades que já se encontram em curso. "O grande esforço agora é conseguir formalizar o programa no Planejamento Plurianal (PPA) da União para garantir recursos para sua implementação", ressaltou.
Assim como ocorre no Ministério do Esporte, a prioridade no MMA, conforme Adriane, é a interação com as políticas educacionais. "O Objetivo central é que as ações sejam pedagógicas. Queremos pegar o que a juventude já faz sem reconhecimento oficial e oferecer formação maior para qualificar essa atuação dos jovens. Dessa forma, visamos fortalecer a participação e reduzir problemas ambientais", explicou.
Continua:
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Reportagem – Maria Neves
Edição - Newton Araújo
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